25/09/24

Pauta remuneratória é destaque na reunião do Conselho de Representantes

Encontro híbrido aconteceu nesta quarta (25/9)
24/09/24

Diretoria da Anamatra realiza ordinária reunião mensal

Encontro híbrido aconteceu nesta terça (24/9)
24/09/24

Cartilha "Combata o assédio eleitoral: valorize o seu voto livre e secreto": conheça a publicação da Anamatra

Material foi elaborado em parceria com o Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE)
23/09/24

Conselho Gestor da Mútua discute ações de aprimoramento da iniciativa

Programa de solidariedade da Anamatra é voltado a associadas e associados

Correção menor para dívidas trabalhistas pode gerar questionamentos na Justiça

O pacote do governo federal anunciado para tentar gerar empregos prevê uma mudança no cálculo de correção sobre os débitos trabalhistas, o que vai reduzir os valores a serem recebidos pelos trabalhadores que entram com ações contra os empregadores. As indenizações incluem pagamentos de horas extras, aviso prévio e FGTS, além de outras verbas, e são atualizadas pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo - Especial ( IPCA-E), mais 12% ao ano, a partir da data do ajuizamento da reclamação. A ideia é manter a correção pelo indicador de inflação, mas substituir os 12% da correção pelos juros da poupança.

A proposta divide opiniões de advogados. Especialistas avaliam que a medida pode ter repercussão no passivo trabalhista das empresas e deve ser questionada na Justiça.

Luiz Migliora, professor da FGV Direito Rio, considera positiva a nova fórmula de cálculo para correção dos débitos trabalhistas. Segundo ele, nenhum investimento ou aplicação remunera tanto o investidor quanto os débitos da Justiça do Trabalho. Migliora pondera, no entanto, que a medida pode ser questionada em instâncias superiores, como Supremo Tribunal Federal (STF).

- A fórmula está muito fora do padrão, mas não deveria valer retroativamente até pelo direito adquirido do trabalhador. Isso poderá ser questionado - avalia.

Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra) criticou as medidas anunciadas pelo pacote do governo. Sobre a nova fórmula de cálculo das ações trabalhistas, a entidade afirmou, em nota, que "o que se pretende é exclusivamente favorecer algumas empresas na conversão dos valores em seguro garantia".

A Anamatra alegou ainda que a "Justiça do Trabalho, por força do artigo 114 da Constituição da República, tem competência para todas as relações de trabalho, o que não pode ser alterado por medidas infraconstitucionais".

Dívida do governo

Segundo o governo, em 2018, foram pagos R$ 30,2 bilhões na Justiça do Trabalho. Ainda há um estoque de R$ 120,8 bilhões (prazo médio de quatro anos considerando as três instâncias).

A equipe econômica estima uma economia de R$ 37 bilhões para as estatais em cinco anos. Isso porque o passivo das estatais tem R$ 58,7 bilhões de débitos trabalhistas no estoque. Com o índice atual, em cinco anos esse valor cresceria em mais R$ 64 bilhões. A alteração reduz o crescimento do custo para R$ 26 bilhões, uma economia de R$ 37 bilhões.

Ainda segundo o Ministério da Economia, entre os 200 maiores litigantes do País figuram dez estados e 13 municípios. A mudança deve ter repercussão no passivo trabalhista das empresas.

- A ideia do governo é que a regra vai retrogir, atingindo as ações que estão sendo analisadas na Justiça do Trabalho. Mas quem mais deve na Justiça são as empresas estatais e não as particulares - pondera a advogada Maria Lúcia Benhame, do escritório Benhame Sociedade de Advogados.

Pollyanna Brêtas

SHS Qd. 06 Bl. E Conj. A - Salas 602 a 608 - Ed. Business Center Park Brasil 21 CEP: 70316-000 - Brasília/DF
+55 61 3322-0266
Encarregado para fins de LGPD
Dr. Marco Aurélio Marsiglia Treviso
Diretor de Assuntos Legislativos da Anamatra
Utilizamos cookies para funções específicas

Armazenamos cookies temporariamente com dados técnicos para garantir uma boa experiência de navegação. Nesse processo, nenhuma informação pessoal é armazenada sem seu consenso. Caso rejeite a gravação destes cookies, algumas funcionalidades poderão deixar de funcionar.