Iniciativa visa identificar ações concretas que representem mudanças relevantes e que possam servir de exemplo para serem disseminadas

O Prêmio Innovare lançou nesta terça-feira a sua 22ª edição com o objetivo de reconhecer práticas inovadoras voltadas para o uso de tecnologias para a eficiência da Justiça brasileira. Neste ano, a premiação lançou um livro comemorativo relembrando a trajetória histórica da iniciativa. A cerimônia ocorreu no Superior Tribunal de Justiça (STJ), em Brasília.

O Prêmio Innovare tem como objetivo o reconhecimento e a disseminação de práticas transformadoras no Judiciário brasileiro. A iniciativa visa identificar ações concretas que representem mudanças relevantes e que possam servir de exemplo para serem disseminadas.

Para 2025, as categorias do prêmio são: tribunal, juiz, Ministério Público, Defensoria Pública, advocacia, além de Justiça e Cidadania. O destaque será dado à prática que melhor apresentar soluções utilizando tecnologia para a eficiência da Justiça. As inscrições vão do dia 26 de março a 26 de maio.

Participam da comissão julgadora do prêmio ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), do Superior Tribunal de Justiça (STJ), do Tribunal Superior Eleitoral (TST), desembargadores, juízes, advogados e outros profissionais.

O presidente do STJ, ministro Herman Benjamin, destacou a contribuição do Prêmio Innovare para a "superação das desigualdades históricas" e para a construção de um Judiciário "inclusivo e representativo".

- Para o STJ é motivo de alegria sediar o lançamento do Prêmio Innovare, iniciativa que há mais de duas décadas valoriza e dissemina boas práticas, capazes de aprimorar a atuação das instituições e garantir uma Justiça mais célere, eficiente e acessível. Uma Justiça de qualidade. É isso que nós queremos - disse Benjamin.

Também presente na cerimônia, o vice-presidente do STJ, ministro Luis Felipe Salomão, destacou em seu discurso situações reais nas quais os magistrados tiveram que lidar com decisões envolvendo avanços tecnológicos.

- O Innovare acompanhou, desde a sua fundação, a história do Poder Judiciário, no momento de sua grande renovação, de sua reinvenção. - afirmou o ministro do STJ.

O diretor-presidente do Instituto Innovare, Sérgio Renault, destacou que a longevidade do prêmio mostra que a iniciativa "não é banal" e que "contribuiu para a Justiça brasileira". A trajetória da iniciativa está documentada em um livro lançado nesta terça-feira, que traz detalhes das práticas reconhecidas nos últimos anos.

- O Innovare é um projeto de 20 anos, e isso não é banal. Passamos nesses anos pela presidência de diversos presidentes do STF e STJ e sempre contamos com o apoio de todos eles. Nos deixa felizes saber que contribuímos de alguma forma para a Justiça do Brasil - afirmou Renault.

O presidente do Conselho Superior do Instituto Innovare, Carlos Ayres Britto, ex-ministro do STF, destacou o papel "afunilador" do Poder Judiciário diante do Executivo e Legislativo.

- Ao fazer da tecnologia o ponto central da sua preocupação no plano da premiação, o Innovare apenas cede a esse impulso normal e contemporâneo de, sem prejuízo da segurança, agilizar as decisões de um poder que fala por último, que é o Poder Judiciário - afirmou Ayres Britto.

O prêmio é gerido pelo Instituto Innovare. O Conselho Superior da premiação é formado pelas seguintes instituições: Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Advocacia-Geral da União (AGU), Ministério da Justiça, Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), Associação Nacional dos Membros do Ministério Público (Conamp), Associação Nacional dos Defensores Públicos (Anadep), Associação dos Juízes Federais (Ajufe), Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Associação Nacional dos Procuradores de República (ANPR) e Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra), com o apoio do Grupo Globo.