Evento discutiu o conteúdo de cartilha elaborada pela Anamatra, a qual trata do tema
A Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra) realizou, nesta quarta (2/10), live para debater o conteúdo da cartilha ‘Combata o assédio eleitoral: valorize o seu voto livre e secreto’, desenvolvida pela Associação, em parceria com o Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE).
A live foi mediada por Patrícia Sant’Anna, diretora de Cidadania e Direitos Humanos da Anamatra, e contou com a participação dos debatedores Valter Pugliesi, vice-presidente da Anamatra, e o Diretor do MCCE, Luciana Caparroz Santos, e Caio Magri, diretor-presidente do Instituto Ethos.
Patrícia Sant’Anna abriu o evento chamando à atenção para o aumento no número de denúncias de assédio eleitoral nas eleições deste ano, especialmente se comparado às eleições de 2022. “A explosão dos números acendeu um alerta vermelho e demonstra a importância de se debater um tema como o da live de hoje. O combate a esta prática é fundamental para garantir a democracia e o livre direito de escolha política de trabalhadoras e trabalhadores, sem qualquer interferência de contratantes e empregadores”, afirmou.
Atuação da Anamatra
Tratando da atuação da Anamatra na temática do combate ao assédio eleitoral, o vice-presidente da entidade, Valter Pugliesi, recordou que as eleições de 2022 revelaram a necessidade de um trabalho que levasse à sociedade a importância de pleitos eleitorais livres de assédio. Daí surgiu a construção da cartilha elaborada pela Anamatra e MCCE. “A cartilha visa a apontar, de forma muito clara, a gravidade de todos os atos de constrangimento, coação e intimidação, que podem ocorrer no ambiente de trabalho”, ressaltou.
A volta de práticas antigas
Já o diretor do MCCE, Luciano Caparroz Santos, destacou que o Movimento acompanha a questão do assédio eleitoral desde as eleições de 2022, apontando que este tipo de conduta não ocorre só no setor privado, mas também na administração pública, aspecto abordado na cartilha. Como lembrou Santos, o material também trata de assuntos como o coronelismo e o voto de cabresto, práticas antigas e que voltaram aparecer nos últimos anos. “Isso se dá porque o empregador ou chefe ainda exerce controle sobre seus trabalhadores. E, buscando evitar essa situação, estamos buscando conscientizar não só o trabalhador, mas também os empregadores”, explicou.
Atuação junto às empresas
O papel das empresas para garantir a liberdade de escolha política de seus empregados foi o assunto abordado pelo diretor-presidente do Instituto Ethos, Caio Magri. Na visão dele, o diálogo e atuação junto às empresas para tratar deste tema não deve ocorrer apenas às vésperas das eleições. ”Esta deve ser uma pauta permanente, porque não sendo assim estaremos sempre correndo atrás do problema, sem construir uma cultura empresarial que coloque mecanismos efetivos que combatam, mitiguem e previnam o assédio eleitoral”, enfatizou.
Compartilhe a cartilha
A cartilha ‘Combata o assédio eleitoral: valorize o seu voto livre e secreto’ é importante instrumento de esclarecimento de direitos e deveres sobre a questão eleitoral no ambiente laboral. Clique aqui e confira a cartilha na íntegra e não deixe de compartilhar com seus amigos e familiares.
Assista ao debate na íntegra:
