Dirigentes da entidade acompanharam as transmissões de cargos realizadas em Brasília
Dirigentes da Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra) acompanharam, nesta terça (3/1), as solenidades de posse dos novos ministros do Trabalho e Emprego; de Direitos Humanos; das Mulheres; e da Previdência Social. As cerimônias foram realizadas em Brasília (DF).
O presidente da Anamatra, juiz Luiz Colussi, participou de forma telepresencial da posse do advogado Silvio Almeida como titular do Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania.
No primeiro discurso, o ministro citou trabalhadores, mulheres, negros, pessoas LGBTQIA+, pessoas com deficiência, indígenas, idosos e disse que esses cidadãos "existem" e "são valiosos" para o governo. "Quero ser ministro de um país que ponha a vida e a dignidade humana em primeiro lugar", acrescentou o ministro.
Silvio Almeida disse que recebeu um ministério "arrasado" e que fará uma revisão de atos realizados no governo passado. Ele afirmou que terá a missão de enfrentar o alto índice de homicídio de jovens pobres e negros, que combaterá a tortura e o trabalho escravo, e lembrou as necessidades de minorias e também de crianças e adolescentes que ficaram órfãos durante a pandemia.
As demais solenidades foram acompanhadas presencialmente, na capital federal, pela diretora de Comunicação Social da Anamatra, juíza Patrícia Sant’Anna, e pela juíza Dayna Lannes, integrante do Conselho Fiscal da entidade.
Ministério do Trabalho
O novo ministro do Trabalho e Emprego é Luiz Marinho, que já comandou a pasta entre 2005 e 2007, também sob a liderança de Lula. Em seu primeiro discurso, defendeu a necessidade de construção de uma nova política de valorização do salário mínimo e do fortalecimento dos sindicatos.
Marinho se comprometeu em rever os dispositivos da Reforma Trabalhista. “O ministério do Trabalho vai ter o desafio de coordenar a revisão da reforma trabalhista para que a gente possa corrigir os erros e modernizar essa legislação”, apontou Marinho.
O novo ministro também colocou como temas prioritários de sua gestão a regulação do trabalho por meio de aplicativos e a igualdade salarial entre homens e mulheres.
Ministério da Mulher
Aparecida (Cida) Gonçalves, é a nova ministra das Mulheres. A especialista em gênero e violência contra a mulher e esteve à frente da secretária nacional de enfrentamento à violência contra as mulheres nos governos Lula e Dilma.
Em seu pronunciamento, Cida agradeceu pela oportunidade, citando o poder de representatividade desta pasta tão icônica. "Esse ministério será de todas as mulheres, as que votaram e as que não votaram conosco. E das diversas mulheres que compõe a sociedade, as negras, brancas, indígenas, LGBTQIA+, as dos campos, as das cidades e as das águas", disse a ministra.
Durante o governo Jair Bolsonaro (PL) a pasta que cuidava do tema também era responsável por outros assuntos e recebia o nome de Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos.
Ministério da Previdência Social
Carlos Lupi já exerceu o cargo de Ministro do Trabalho e Emprego durante o segundo governo Lula e o primeiro ano do governo Dilma Rousseff. Ele disse que quer discutir a "antirreforma" da previdência, em referência às regras aprovadas em 2019, no primeiro ano do governo Bolsonaro. "Quero formar comissão com uma representação dos sindicatos patronais, com sindicatos dos empregados, com sindicatos dos aposentados e com governo, nós precisamos discutir com profundidade o que foi essa antirreforma da previdência, discutir com números e com profundidade", declarou.
O Ministério da Previdência Social, recriado pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), é responsável pela administração dos regimes público (RGPS) e privado (INSS) de Previdência Social. A Previdência engloba tanto as aposentadorias e pensões quanto benefícios previdenciários como auxílio invalidez e salário-maternidade.