Magistrado presidiu a Anamatra no biênio 2017/2019
A presidente da Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra), Noemia Porto, e o vice-presidente da entidade, Luiz Colussi, prestigiaram, nesta sexta (27/11), o 23º Colóquio da Academia Brasileira de Direito do Trabalho (ABDT). Com o tema “Justiça Social, Reforma Trabalhista e Pandemia”, o evento marcou a posse do juiz do Trabalho Guilherme Guimarães Feliciano, que presidiu a Anamatra no biênio 2017/2019, na cadeira nº 53 da Academia.
A cerimônia, prestigiada por diversas autoridades nacionais e internacionais, incluindo ministros do Tribunal Superior do Trabalho (TST), foi conduzida pelo ministro Alexandre Agra Belmonte. Em sua saudação a Feliciano, o ministro falou do momento da pandemia e da necessidade de produção de saberes jurídicos pela Academia. “Estamos orgulhosos de contar com o Guilherme Feliciano neste momento atípico em que precisamos de grandes ideias que contribuam para o engrandecimento do Direito do Trabalho e para o enfrentamento dos desafios impostos pelo novo normal”.
Coube ao desembargador Sérgio Torres, da 6ª Região, titular da cadeira nº 33 da ABDT e diretor de Publicações Científicas da Academia, fazer a apresentação sobre o novo acadêmico. O magistrado falou da trajetória pessoal e profissional de Guilherme Feliciano, incluindo a aptidão pela poesia e pelas artes, passando pela carreira militar até optar pelas ciências jurídicas, atualmente como juiz Titular da 1ª Vara do Trabalho de Taubaté (SP) e livre docente na Universidade de São Paulo (USP). “Se a Academia é um lugar para pensadores para debater, discutir e pensar juntos, você está no lugar certo”.
Em seu discurso de posse, Guilherme Feliciano falou de sua realização pessoal em integrar a Academia. “Ousei imaginar e fitei um horizonte de muitas possibilidades, mas de poucas probabilidades . Hoje é o epílogo dessa trajetória, e o começo de outra bem mais incomplacente”, disse. O magistrado também falou de sua visão sobre os descaminhos do Direito do Trabalho na atualidade. Em sua visão, o Direito do Trabalho “individualizou-se demais”, “contratualizou-se demais” e “patrimonializou-se demais”, inclusive ao arrepio dos preceitos constitucionais e das próprias bases do Direito do Trabalho. Para o acadêmico, o desafio da atualidade é o de se avançar na concretização de um Direito do Trabalho mais humanizado e inclusivo e na direção de soluções mais coletivas para as demandas judiciais, em uma ressignificação das leis sob as lentes da prevenção e da precaução.
Sobre a ABDT - A Academia Brasileira de Direito do Trabalho foi fundada em 10 de outubro de 1978, na cidade do Rio de Janeiro, por um grupo de juristas ligados ao Direito do Trabalho. Os patronos da Academia são o ministro Luiz Gallotti e o professor Cesarino Júnior.
A Academia tem como objetivos o estudo do Direito e do Processo do Trabalho, o aperfeiçoamento e a difusão da legislação trabalhista, e a publicação de estudos.A instituição possui 100 membros efetivos de diversos estados brasileiros. Clique aqui e saiba mais.