Secretária-geral, Patrícia Ramos, representou a entidade
A secretária-geral da Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra), Patrícia Ramos, participou, nesta quinta (24/10), da solenidade de abertura do 3º Encontro Nacional de Juízas e Juízes Negros (Enajun), na sede do Tribunal de Justiça do Distrito Federal de Justiça (TJDFT).
Realizado anualmente, o evento é voltado à reflexão sobre a Magistratura brasileira e sua representatividade, tanto para os juízes negros, como para uma sociedade que ainda não encontra no Judiciário a sua projeção racial. Nesta edição, o Enajun celebrará os 50 anos da Convenção Internacional sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação Racial, da Organização das Nações Unidas (ONU). Em edições anteriores, o projeto tratou da representação da população negra nos espaços de poder e o racismo estrutural.
Para Patrícia Ramos, a discussão sobre a temática é de grande importância, tendo em vista que, em sua avaliação, mesmo em um mundo em que as diversidades ganham cada vez mais força e palco, o preconceito, especialmente o racial, se faz cada vez mais presente na sociedade. “O preconceito racial permanece, de forma cultural, entranhado em nossas raízes mais profundas, expressando-se, na maioria das vezes, de forma velada, através de um olhar, uma crítica mais contundente, uma resposta atravessada ou simplesmente o total vazio, a indiferença, o descrédito”.
A magistrada também ressalta a importância da denúncia por parte das vítimas no combate a este crime nefasto, o que contribui para a importância do Encontro, que promove a reflexão aberta sobre preconceito racial, com o olhar voltado ao sistema de justiça, na busca de soluções. “É com olhos de esperança no futuro que reputo como precioso este evento. Estamos diante de um fórum de qualificação elevada, com o olhar voltado ao sistema de justiça, na busca de soluções. Iniciativas como essas mudarão, por certo, o rumo da nossa sociedade que ainda será em plena em igualdade de condições e oportunidades”.