Cerimônia é marcada por discurso da ministra Rosa Weber em defesa da democracia, da tolerância e do respeito às minorias

O presidente da Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra), Guilherme Feliciano, foi convidado a participar, nesta segunda-feira (10/12), em Brasília (DF), da cerimônia de diplomação do presidente da República eleito, Jair Bolsonaro, e do seu vice-presidente, general Hamilton Mourão, no Plenário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

A cerimônia foi conduzida pela presidente do TSE, ministra Rosa Weber, que lembrou dos 70 anos da aprovação da Declaração Universal dos Direitos Humanos pela Organização das Nações Unidas (ONU), comemorados nesta segunda. A DUDH assegurou a toda pessoa humana o direito de ser tratada igualmente e a todas as minorias o direito ao respeito, mesmo perante maiorias políticas adversas.

"A democracia é também exercício constante de diálogo e de tolerância, de mútua compreensão das diferenças, sopesamento pacífico de ideias distintas, até mesmo antagônicas, sem que a vontade da maioria, cuja legitimidade não se contesta, busque suprimir ou abafar a opinião dos grupos minoritários, muito menos tolher ou comprometer os direitos constitucionalmente assegurados", disse.

Para Weber, o respeito às minorias é fundamental. “A crença da autoridade da Constituição reside não só na observância incondicional da supremacia da ordem jurídica, mas também no respeito a minorias, em especial aquelas estigmatizadas pela situação de vulnerabilidade em que injustamente se acham expostas”.

Governo para todos - Em seu discurso, o futuro chefe de Estado brasileiro expressou o compromisso de governar para todos, sem distinção de origem social, raça, sexo, cor, idade ou religião. "Aos que não me apoiaram, peço a confiança para construir juntos um futuro melhor para o país. Todos queremos a construção de uma nação mais justa e desenvolvida e uma ruptura com práticas que historicamente retardam nosso progresso", disse.

Bolsonaro afirmou que, em seu governo, prevalecerá o respeito às diferenças, bem como o compromisso com a Constituição Federal. "A crença na liberdade é a melhor garantia de respeito aos altos ideias que balizam nossa Constituição. Diferenças são inerentes a uma sociedade múltipla e complexa como a nossa, mas jamais devemos nos afastar dos ideais que nos unem, o amor à pátria e o compromisso da construção de presente de paz e futuro mais próspero”.

* Com informações da Agência Brasil