Juíza do Trabalho Natália Queiroz palestrou no evento, que contou com a participação de assessores de imprensa da Anamatra
A juíza do Trabalho Natália Queiroz, da 22ª Vara do Trabalho de Brasília (DF), representou a Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra), nesse domingo (11/11), no curso “Assessoria e Reportagem no Meio Jurídico”. A Associação foi uma das entidades apoiadoras do evento voltado a jornalistas e estudantes de Direito e Comunicação interessados na cobertura do meio jurídico. Essa foi a segunda edição do curso, idealizado pelas jornalistas Basilia Rodrigues, repórter da rádio CBN, e Tatielly Diniz, assessora de imprensa da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-DF) .
A magistrada falou de sua relação com a mídia e ressaltou a importância da qualificação dos repórteres e assessores de imprensa no âmbito jurídico, para a veiculação responsável e correta das notícias. “A linguagem jurídica é muito difícil. Se existem erros nos próprios órgãos jurídicos, quiçá entre os jornalistas. Fico feliz de ver tantos profissionais em busca de mais conhecimento”, observou.
Em sua intervenção, a juíza também fez uma análise do primeiro ano de vigência da Lei 13.467/2017 (reforma trabalhista). Na visão da magistrada, os efeitos da reforma são negativos para a classe trabalhadora. A queda no número de ações trabalhistas, por insegurança jurídica, o aumento significativo de vínculos precários, jornadas de trabalho intermitentes e a perda de força nas negociações coletivas são, na visão da magistrada, algumas das graves consequências das mudanças nos mais de 100 pontos da CLT. “A única saída é sempre olhar o texto da CLT, impreterivelmente, a partir do olhar da Constituição Federal de 1988, não é à toa que ela é apelidada de Constituição Cidadã”, defendeu.
O curso contou com a participação de Ivana Sant’Anna e Weslei Almeida, da Assessoria de Imprensa da Anamatra. Para Weslei, o conteúdo ministrado no curso será de suma importância para o seu desempenho profissional. “Entender o funcionamento do Judiciário, as nomenclaturas utilizadas, bem como as dicas que recebemos de profissionais renomados serão, sem dúvida, fundamentais para a minha carreira”, analisou o profissional que estagia na Assessoria de Imprensa e concluirá o curso de Jornalismo em 2020.
"Em tempos de grandes investigações e mudanças em leis que interferem na vida de todos, a cobertura do Judiciário precisa ser ainda mais qualificada. Há vários caminhos. Estudar, estar em contato com profissionais mais experientes ou com operadores do Direito. O curso oferece tudo isso", afirma a jornalista Basilia Rodrigues, repórter da CBN e co-fundadora da Ametista Comunicação, empresa que organizou e promoveu a capacitação.