Presidente da entidade criticou reforma trabalhista e terceirização em mesa de debates
O presidente da Anamatra, Germano Siqueira, participou nesse sábado (8/4), em São Paulo, do 22º Congresso Nacional dos Procuradores do Trabalho (CNPT). O evento, promovido pela Associação Nacional dos Procuradores do Trabalho (ANPT), teve como tema central “O MPT em tempos de ataques sistemáticos à proteção jurídica das relações de trabalho”.
O magistrado foi um dos debatedores do painel com o tema “Posição e estratégia de ação em face do ímpeto reformista trabalhista e previdenciário e as expectativas quanto à atuação do MPT, nos atuais cenários político e jurídico”, que também reuniu representantes de centrais sindicais. Em linhas gerais, todos os participantes do painel foram unânimes em afirmar que as reformas trabalhista e previdenciária trazem inúmeros malefícios na vida de milhões de cidadãos brasileiros. Outros temas como: o recém-sancionado projeto da terceirização e o negociado sobre legislado, que também afetam a imensa classe trabalhadora, bem como a atuação sindical e o trabalho conjunto entre sindicatos e instituições na defesa dos direitos sociais, também foram debatidos no painel.
Acerca da reforma trabalhista, Germano Siqueira firmou que se trata, na verdade, de um desmonte do que já foi conquistado em termos de construção do bem estar social. Nessa linha, explicou o magistrado, o povo em si, parece não interessar ao Parlamento. O presidente da Anamatra também fez duras criticas ao chamado “sistema S” e lembrou que ninguém trata desse tema. “A lógica da reforma é uma só: aumentar a jornada de trabalho, as horas trabalhadas, e pagar menos. Isso tem um custo à medida que se faz isso com a quantidade de trabalhadores. O empresário ganha em números estrondosos. A lógica é essa. Costumo dizer, ainda, que a reforma trabalhista tem um diálogo completo com a da Previdência”, pontuou.
Sobre a terceirização, o magistrado disse que a entidade critica todo e qualquer tema que diga respeito a essa questão. “Esse último projeto aprovado, além de ruim, é mal redigido, mal escrito. Mas, neste primeiro momento, temos que ter um crítica política a respeito do projeto, que além de ter dificuldade na perspectiva, vai gerar impacto para os trabalhadores, para a economia, para as contas públicas, para a Previdência”, informou.
* Com informações e foto Ascom/ANPT