Reforma trabalhista: presidente da Anamatra afirma que Justiça do Trabalho equilibra as relações trabalhistas

Germano Siqueira também citou os pontos controversos do PL 6787/2016 na reunião da bancada do PSB

O presidente da Anamatra, Germano Siqueira, participou nesta quarta-feira (15/03) de reunião da bancada do Partido Socialista Brasileiro (PSB) com o objetivo de discutir os principais pontos polêmicos e divergentes sobre o Projeto de Lei (PL 6787/2016), que dispõe sobre a reforma trabalhista. 

Na ocasião, o presidente sinalizou a necessidade de um melhor debate ao rebater diversas críticas quanto ao funcionamento da Justiça do Trabalho, bem como afirmações de representantes das confederações da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e Nacional da Indústria (CNI), sobre as supostas vantagens do projeto enviado pelo Governo Federal ao Congresso Nacional. “Os dois projetos, da reforma trabalhista e previdenciária, ao contrário do que disseram, não terão o condão de gerar novos empregos e reduzir o desemprego, e muito menos trazer segurança jurídica”, esclareceu.   

Germano Siqueira também contestou as informações do representante da CNI sobre a litigiosidade na Justiça do Trabalho. Segundo Siqueira, trata-se de uma afirmação generalizada com intuito de enfraquecer a Justiça e o Direito do Trabalho. “É importante compreender como se compõe o litigio no Judiciário Trabalhista e entender também que isso ocorre em todo o Poder Judiciário, uma vez que o fenômeno da litigiosidade ainda faz parte da cultura do Brasil e daqueles que querem se aproveitar da lei processual que não dá conta da resolutividade da demanda. E quem quer se aproveitar? São os trabalhadores?”, indagou ao lembrar dos dados dos maiores litigantes e maiores devedores da Justiça do Trabalho, das quais ocupam espaço de destaque grandes empresas do setor financeiro, industrial, entre outras.

Durante a reunião, alguns parlamentares debateram o tema de maneira contrária à reforma, corroborando com as afirmações da Anamatra, e outros em defesa do diálogo a proposta. Também compuseram  a mesa juntamente com a Anamatra, os representantes da Confederação da Agricultura e Pecuária (CNA), Sílvia Lorena, e da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Vicente Selistre.
 

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