Anamatra integra o grupo e participou das discussões junto com parlamentares
A Anamatra participou nesta quarta-feira (22/2) de ato público, contra as reformas previdenciária (PEC 287/20146) e trabalhista (PL 6787/2016), promovido pelo Fórum Interinstitucional em Defesa do Direito do Trabalho e da Previdência Social (FIDS), do qual faz parte a entidade com diversas instituições associativas, centrais sindicais e demais organizações civis. O diretor de Assuntos Legislativos da Anamatra, Luiz Colussi, representou a entidade no ato.
O ato reuniu centenas de pessoas no auditório Nereu Ramos, na Câmara dos Deputados, além de parlamentares e representantes de entidades que compõem a FIDS que, juntos, disseram não aos retrocessos propostos nos projetos de reforma da previdência e trabalhista. Os participantes se reuniram para mostrar a indignação das instituições com as reformas apresentadas pelo Governo Federal e chamar a atenção da sociedade e dos parlamentares quantos aos graves efeitos, caso sejam aprovadas pelo Congresso Nacional.
Para o diretor da Anamatra a intenção do Fórum é clara e tem ganhado adesão máxima de diversas entidades. “É necessário que a gente transmita o posicionamento dos juízes do Trabalho para todos, e a frase que tanto dizemos reflete exatamente o que pensamos: “nenhum direito a menos”. Toda a história de luta e de vida dos trabalhadores de anos e anos, que culminou com a Constituição de 88, estão sendo rasgadas juntamente com a carta Cidadã. O estado democrático de direito está desaparecendo, e cabe a todos nós dizermos não ao desmonte do Estado. A Anamatra, através de seus juízes, está aqui para, juntos com todos, reafirmar esse compromisso de defesa do direito do Trabalho e da nossa Previdência Social”, disse.
Colussi ainda lembrou que a entidade irá levar sua posição também nas comissões das reformas. “Temos requerimentos aprovados para falar nas comissões da Previdência e Trabalhista. Nós temos de lutar contra a reforma da previdência e manter os direitos sagrados de aposentadoria. Na reforma trabalhista nós temos de combater a terceirização sem limites e a prevalência do negociado sobre o legislado. Não podemos permitir a precarização das relações trabalhistas, pois será o fim da CLT e dos direitos que conquistamos, que estão na Constituição cidadã, que prevê que a pessoa humana é o centro do estado brasileiro”, disse, ao reafirmar que as mobilizações precisam chegar em todos os cantos do país e ao maior número de pessoas.
Fórum – A Anamatra compõe a Coordenação Colegiada do Fórum, que foi criado em 24 de janeiro deste ano, quando foi lançada a ‘Carta em Defesa dos Direitos Sociais’ – para promover a articulação social em torno das propostas legislativas sobre a reforma trabalhista e previdenciária –, por meio do Ministério Público do Trabalho (MPT) e representantes de 29 entidades, entre centrais sindicais, confederações, federações, sindicatos e associações. Além de atos e frentes contra as propostas, o grupo também deverá encaminhar ao Parlamento pedidos para retirada dos projetos para discussão ampla com a sociedade.