A Anamatra, na qualidade de eleitora do Comitê Nacional de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas (Conatrap), na pessoa do presidente Paulo Luiz Schmidt, marcou presença hoje (29/1), no Ministério da Justiça, na cerimônia de posse dos integrantes do Conatrap, órgão formado por 26 membros representantes da sociedade civil e do Governo Federal, que cumprirão um mandato de dois anos.
O Comitê, assim como do 2º Plano Nacional de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas, fortalece as perspectivas do país de enfrentamento deste crime, que está associado à exploração sexual e ao trabalho escravo no Brasil.
Para o presidente Paulo Schmidt, a criação do Conatrap traduz a importância que o Estado brasileiro confere ao combate a esse crime que vem se avolumando e que é desconhecido pela maioria da população. “Acredito que o governo cumpre o seu papel de articular entre si os seus órgãos internos com entidades da sociedade civil”, disse.
O evento foi prestigiado por diversas autoridades, entre elas o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, as ministras da Secretaria Direitos Humanos, Maria do Rosário, e da Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM), Eleonor Menicucci, além de entidades ligadas à causa.
Em sua intervenção, o primeiro presidente do Conatrap, Paulo Abrão, comentou sobre as estatísticas ao tráfico de pessoas, dos planos existentes para o aperfeiçoamento e qualificação e disse que o Brasil participa ativamente com parceiros internacionais para o enfrentamento ao tráfico de pessoas. “Nós usamos das políticas públicas para melhorar a vida das pessoas. O governo tem dado um alcance gigantesco para o tema, tratando de forma séria e singular", dispara.
O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, mostrou indignação sobre o problema. “Não podemos tolerar que em pleno século XXI, ainda exista práticas hediondas como essa”, disse. Ainda sobre o enfrentamento, Cardozo falou que o Brasil precisa se integrar com órgãos internacionais para cessar essa prática. “Devemos ter integração, entre governo e sociedade, e tratados internacionais, temos que ser partes do mesmo corpo, para que possamos cada vez mais avançar nessa luta”, disse.
Na condição de eleitora a Anamatra participou no processo de constituição do Comitê, votando em organizações da sociedade civil ou instituições acadêmicas com especialistas no tema do tráfico de pessoas e em uma representante de Comitê Estadual ou Distrital de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas.