O geriatra Marcos Cabrera proferiu palestra sobre envelhecimento e saúde aos participantes do 3º Encontro Nacional de Magistrados do Trabalho Aposentados, que acontece até domingo (5/8) na cidade do Rio de Janeiro. A exposição do médico compôs o painel “O trabalho voluntário do magistrado aposentado como uma das fontes de sua valorização e qualidade de vida”, foi presidido pela ex-diretora de Aposentados da Anamatra Cristina Valero e também contou com a participação da diretora de Cidadania e Direitos Humanos da entidade, Sandra Bertelli, e com a coordenadora nacional do Programa Trabalho, Justiça e Cidadania (TJC), a juíza aposentada Eliete Telles.
Cabrera deu várias dicas aos magistrados de como envelhecer com saúde física e mental, além de mostrar estatísticas de pesquisas que estudaram aspectos como atividade física, trabalho voluntário e bem-estar após a aposentadoria. “Quem continua a trabalhar tem bem menos dificuldade mental e doenças mentais também”, revelou o médico. “A velhice traz divertimento e felicidade”, completou. O geriatra também mostrou sete pontos que levam à longevidade e felicidade: perdoar; ser solidário; ser grato; não se sentir doente; manter-se ativo após a aposentadoria; ser feliz no casamento; e gostar da vida.
TJC Eliete Telles aproveitou o espaço para chamar os aposentados participantes do Encontro a participarem como voluntários do TJC, que leva noções de Direito do Trabalho a estudantes do Brasil todo. “O Judiciário tem responsabilidade social não apenas nos processos, mas com o jurisdicionado”, disse a magistrada. “Com o TJC, nós, juízes, conhecemos as dificuldades dos cidadãos e trocamos experiências. Ganha não só o cidadão, mas nós também, que nos doamos e ficamos felizes com isso”, completou.
A diretora de Cidadania e Direitos Humanos da Anamatra falou um pouco sobre como funciona o Programa e apresentou o vídeo institucional do TJC. “A iniciativa é um instrumento de resgate da valorização da magistratura”, revelou Sandra Bertelli. “A integração entre o juiz e a sociedade estimula o respeito aos direitos humanos e esclarece sobre os meios de acesso a Justiça”, acrescentou a juíza.
“O programa não é uma fórmula a ser aplicada, já que é um projeto de solidariedade e humanidade. Ele depende da sensibilidade, da dedicação e da crença nos ideais que movem a verdadeira Justiça. E estes atributos os colegas presentes aqui têm de sobra”, finalizou Sandra.