Magistrados mostram expectativas e realidades anteriores e posteriores à aposentadoria

Exposições foram feitas por desembargadores no 3º Encontro Nacional de Magistrados Aposentados

O primeiro painel do 3º Encontro Nacional de Magistrados do Trabalho Aposentados – Ativos para uma aposentadoria plena discutiu as expectativas e realidades anteriores e posteriores à aposentadoria. Participaram do debate, que ocorreu na manhã desta sexta-feira (3/8), os desembargadores aposentados Fernando Damasceno (10ª Região/DF e TO) e José Antônio Pancotti  (15ª Região/Campinas e Região), além da desembargadora presidente do  Tribunal Regional da 10ª Região, Elaine Machado Vasconcelos. O painel foi presidido pelo ex-presidente da Anamatra (1999-2001), Gustavo Tadeu Alkmim.

“É importante se preparar para a aposentadoria porque muitos de nós dedicam a vida inteira à Justiça do Trabalho e de um dia para o outro um papel, o Diário Oficial, diz que não temos mais Vara, não temos mais processos, não temos mais funcionários, não temos mais toga”, disse Alkmim ao abrir o painel.

Fernando Damasceno, que também presidiu a Anamatra (1982-1985), está aposentado há quase 10 anos. Ele contou um pouco sobre sua experiência pós-aposentadoria. Segundo o magistrado, as emoções mudam com o afastamento da atividade jurisdicional e é preciso aprender a vivenciá-las.  “Vivi muitas emoções nos meus 30 anos como juiz, mas também tive uma grande emoção após anos aposentado, que foi ter meu nome na biblioteca do TRT da 10ª Região”, contou. “A aposentadoria foi um prêmio que mereci pelos 30 anos de magistratura”, acrescentou.

Já o desembargador José Antônio Pancotti, que se aposentou este ano, comentou a importância da preparação psicológica ao longo da carreira para a aposentadoria. “Precisamos de um período de adaptação para ser menos impactante”, disse o magistrado. “Necessitamos criar espaços para continuar em atividade, para que não morramos psicologicamente”, completou.

Preparação A presidente do TRT-10 apresentou aos participantes do Encontro o programa de seu tribunal denominado Saber Viver – Preparação para aposentadoria: reflexões, projetos e realizações. “O objetivo é proporcionar a magistrados e servidores um espaço de reflexão, conscientização, compartilhamento de vivências, aprendizados e de resignificação e planejamento de vida”, explicou. De acordo com Elaine Machado Vasconcelos, a aposentadoria dos magistrados é diferente das demais carreiras, pois é “finita”. “Para nós a aposentadoria é determinante. Não voltamos mais a julgar nunca mais. Um médico ou um dentista se aposenta, mas pode voltar a atender”, destacou a desembargadora.

Para finalizar, a magistrada deu um conselho aos juízes, citando Renato Maia. “Decida você como e quando viver. Desperta e decida”.

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