Durante a sua intervenção, Schmidt, que integrou o CNJ em sua primeira composição em 2005 como representante da magistratura do Trabalho de 1º grau, relatou um pouco de sua experiência no início da atuação do Conselho, quando o órgão trabalhou em questões importantes a exemplo do nepotismo, da unificação do processo eletrônico e do fim das sessões secretas. “Foram medidas republicanas que legitimaram o CNJ perante a sociedade”, disse.
Schmidt também falou da história da Anamatra em defesa do CNJ. A entidade, dentre todas as entidades associativas nacionais representantes da magistratura, foi a única associação de âmbito nacional a defender, publicamente, a criação do Conselho e a sua importância como instrumento de democratização e transparência do Poder Judiciário, inclusive perante o Supremo Tribunal Federal, quando sua constitucionalidade foi questionada em 2005. “A Anamatra sempre teve uma posição favorável à competência do Conselho”, ressaltou.
Sobre a PEC nº 07/2002, o magistrado afirmou que a Anamatra considera, em linhas gerais, a proposição positiva, no sentido de reforçar o papel institucional do Conselho. Paulo Schmidt manifestou, contudo, divergência em relação a três pontos da proposta: o foro privilegiado para conselheiros para crimes comuns, a possibilidade da requisição de informações sigilosas ou não de magistrados e o estabelecimento da Corregedoria como um “órgão” dentro do próprio CNJ.