A coordenadora do TJC no Rio de Janeiro, Luciana Neves, contou que inicialmente foram escolhidas 14 escolas pela Secretaria de Educação do Estado para a implementação do programa. Além disso, um seminário para os professores foi realizado em setembro. “O cidadão às vezes não entende porque perde a ação, acha que a culta foi do advogado. Mas quando participa do TJC, compreende melhor o funcionamento da Justiça”, disse a juíza de Caxias, na Baixada Fluminense.
A representante da Amatra 2, Erotilde Minharro, explicou que o TJC foi implantado em 2009 em uma escola no bairro de Campo Limpo, na Zona Sul da capital paulista, em um curso profissionalizante para jovens adultos. Segundo a juíza, o interesse dos estudantes é “bastante grande”. “Em uma das visitas, chegamos a sair de lá meia-noite”, entusiasmou-se.
A cidade de Lagoa Vermelha, a cerca de 300 km de Porto Alegre, implantou o TJC para alunos de 6ª e 8ª séries em duas escolas carentes, conforme relatou o juiz responsável pelo programa na região, Paulo André Cordovil. “A gente ganha muito mais do que os próprios alunos”, disse o magistrado, ao falar da satisfação que sente em participar do programa. “Isto é a melhor experiência da minha vida”, acrescentou.
Já a juíza Carolina Hostyn Gralha Beck, falou sobre o TJC na capital gaúcha. “Já escolhemos o perfil de algumas escolas e até o fim do semestre que vem teremos começado em pelo menos uma escola de Porto Alegre”, garantiu. Recém eleita conselheira da Escola Judicial do Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região, Carolina disse que assim que tomar posse vai “impor como meta o apoio ao TJC”. “Tenho certeza de que o TJC na Amatra 4 não será mais só Santa Maria e Lagoa Vermelha”, afirmou a magistrada, lembrando, ainda, que pretende ter o apoio do governo, já que o governador eleito, Tarso Genro (PT), é advogado trabalhista.
Amatra 5 (BA)
A coordenadora da Amatra 5, Rosemeire Fernandes, destacou o trabalho feito em Itapetinga desde o ano passado. Segundo ela, 10 escolas participaram do TJC em 2009 e mais 15 em 2010. Além disso, em setembro foi realizado um seminário de formação de multiplicadores em Salvador. “Já são mais de 250 multiplicadores e seis mil alunos”, contou a juíza, acrescentando que o programa também já chegou na área rural. “O tribunal tem dado um apoio importante, disponibilizando transporte para levar os gestores nas escolas mais distantes”, disse.
O destaque do relato da coordenadora do TJC em Pernambuco, Carmen Richlin,foi a culminância. A juíza mostrou um vídeo com apresentações e vídeos elaborados pelos próprios alunos para concretizar o que aprenderam com o programa. “Fizemos um concurso com as categorias vídeo, jornal e jogo teatral e quem ganhou foi uma escola para alunos com necessidades especiais”, disse, ao explicar que o tema dos trabalhos foi os 100 anos de falecimento do jurista e jornalista pernambucano Joaquim Nabuco. Participaram do concurso seis escolas.
Durante o encontro, o coordenador do TJC no Pará, Wellington de Paula, anunciou que a Amatra 8 se reunirá com o governo do Estado no começo de 2011, para o programa ser implantado para os estudantes paraenses. “Estamos aqui aprendendo”, disse o juiz, que contou com a presença e apoio do presidente da Amatra 8 e diretor de Direitos Humanos da Anamatra, além de membro da Comissão Nacional do TJC, Gabriel Napoleão Velloso Filho.
Juiz no Gama, região administrativa do Distrito Federal, Leador Machado contou aos colegas que o TJC, por enquanto, está sendo realizado em cursos profissionalizantes na cidade em que ele atua como magistrado. “Tivemos alguns problemas na tramitação burocrática coma secretaria de Educação, mas o programa correu por fora. Ainda assim, ano que vem o convênio com a Secretaria será assinado”, explicou Leador.
A juíza Adriene Diamantino falou sobre a implantação do TJC em Campinas e Região. “Em janeiro será escolhida a escola para o projeto piloto em Ribeirão Preto”, contou. Segundo ela, também já está marcada para janeiro de 2011 reunião com a coordenação de educação de Piracicaba, para viabilizar o programa.
Cássio Moro, juiz responsável pelo TJC no estado do Espírito Santo, relatou que o programa será inicialmente implantado numa escola localizada numa vila de pescadores. Por enquanto são sete juízes do Trabalho e um de Direito responsáveis por levar as noções de trabalho, justiça e cidadania aos alunos. “Estamos todos muito entusiasmados”, afirmou Cássio, acrescentando que um convênio com a secretaria de Educação já foi firmado para a efetivação do programa.
Amatra 20 (SE)
Apesar de não estar presente no Encontro em Santa Maria (RS), o coordenador do TJC no estado de Sergipe, juiz Luiz Manoel, enviou o balanço do programa para ser dividido com os colegas. Segundo o magistrado, está sendo formalizado um termo de cooperação com a Secretaria Municipal de Educação de Maruim. No município, serão 11 escolas abrangidas pelo TJC, além de 180 professores capacitados.
A coordenadora do TJC no Ceará, juíza Kelly Cristina Diniz Porto, também não pode comparecer ao encontro do TJC em Santa Maria (RS). No entanto, ela mandou relato para compartilhar com os demais participantes. Segundo a magistrada, em outubro foi feita uma reunião com a Secretaria de Educação, quando foram escolhidas seis escolas profissionalizantes de Fortaleza que irão compor o projeto piloto. Além disso, o TJC também foi apresentado aos magistrados cearenses, representantes do Ministério Público do Trabalho e de outros setores da sociedade.