Economias desenvolvidas possuem maiores níveis de equidade de gênero, aponta presidente da Anamatra

Fotos: Anamtra

Juiza Luciana Conforti participou da abertura de conferência promovida pelo Ministério Público do Trabalho (MPT)

A presidente da Associação Nacional das Magistradas e dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra), Luciana Conforti, participou, nesta terça (25/3), da mesa de abertura da V Conferência de Gênero, Raça e Diversidade: Economia e Trabalho, promovida pelo Ministério Público do Trabalho (MPT).

Em sua fala, a magistrada ressaltou o fato de as economias desenvolvidas possuírem em geral, maiores níveis de equidade de gênero entre homens e mulheres. ‘Quando as sociedades se tornam mais inclusivas, suas economias são mais resilientes,’ esclareceu.

Nesse ponto, a presidente citou relatório “Mulheres, Empresas e o Direito” (2022), do Banco Mundial. O estudo revela que, em todas as regiões do globo, as economias progrediram em direção a uma maior igualdade entre homens e mulheres nos últimos 50 anos. O levantamento analisou a incidência de leis em 190 países sobre as oportunidades econômicas das mulheres.

As áreas de maior avanço, segundo o relatório, foram salário, trabalho e maternidade, com destaque para o desenvolvimento de leis de promoção da igualdade salarial, proteção de assédio em ambientes de trabalho e combate à violência doméstica.  ‘Ainda assim, temos um longo caminho a percorrer. Uma das dificuldades apontadas na pesquisa, é o desafio para a aplicação das leis e para a colocação em prática das políticas públicas instituídas’, alertou.

Conforti também citou pesquisa do Instituto McKinsey Global (2024), revelando que a igualdade de gênero poderia aumentar o PIB mundial em até 11%. A pesquisa analisou 118 países ao longo de 13 anos. ‘O estudo demonstra, ainda, que mulheres com maior poder econômico investem mais em suas famílias, favorecendo um ciclo de resultados positivos, como maior produtividade, melhora na tomada de decisões e inovação’, completou a presidente.

Compromisso internacional

A presidente da Anamatra também lembrou que, em 2024, o G20 Mulheres divulgou documento em defesa da igualdade de gênero e o empoderamento feminino nas decisões globais, com diversos compromissos dos membros do G20, relacionados à autonomia econômica das mulheres, ao enfrentamento da misoginia, à violência de gênero e também às ações climáticas com recorte de gênero.

Confira a íntegra da fala da presidente:

 

Autoridades

Compuseram a mesa de abertura o procurador-geral do Trabalho, José de Lima Ramos Pereira, a vice-procuradora-geral do Trabalho, Maria Aparecida Gugel, a ministra do Tribunal Superior do Trabalho (TST) Delaíde Arantes, o corregedor nacional do Ministério Público (CNMP), Ângelo Fabiano Farias da Costa, a presidente da Associação Nacional das Procuradoras e dos Procuradores do Trabalho (ANPT), Adriana Augusta de Moura Souza, a representante do Ministério das Mulheres Neusa Tito, entre outras autoridades.

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