Evento contou com aula magna e lançamento de livro do ministro Maurício Godinho Delgado
A presidente da Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra), Luciana Conforti, participou, nesta quarta (11/10), em Belo Horizonte (MG) do Congresso Internacional de Combate ao Trabalho Escravo e ao Tráfico de Pessoas, na sede o Tribunal Regional do Trabalho da 3ª Região (MG).
A magistrada compôs a mesa de abertura do evento, marcada por palestra do presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST), ministro Lelio Bentes, com o tema “Promoção do Trabalho Decente”. Coube a presidente a apresentação de painel que marcou aula magna e lançamento do livro do ministro do TST Maurício Godinho, com o tema “Direito do Trabalho no Brasil: Formação e Desenvolvimento – Colônia, Império e República”.
A mais nova obra do ministro Godinho é resultado de pesquisa e reflexão feitas pelo jurista nos últimos quatro anos que busca responder questões como o porquê de as elites brasileiras continuarem desvalorizando o trabalho, os trabalhadores, os direitos trabalhistas e o próprio Direito do Trabalho nos dias atuais. Aborda, também, ao fato da persistência de sistema socioeconômico, institucional e cultural que exclui parte significativa da população brasileira, desde mulheres a negros e trabalhadores em geral, entre outros segmentos.
O Congresso Internacional de Combate ao Trabalho Escravo e ao Tráfico de Pessoas é promovido pela Escola Judicial do TRT da 3ª Região e pela Clínica de Trabalho Escravo e Tráfico de Pessoas da UFMG, em parceria com o Comitê Estadual Judicial de Enfrentamento à Exploração do Trabalho em Condições Análogas às de Escravo e ao Tráfico de Pessoas do CNJ, o Ministério Público do Trabalho (MPT), a Organização Internacional do Trabalho (OIT) e a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).A programação do evento trouxe palestras e painéis com participação de especialistas nacionais e internacionais. O evento também marcou a exibição do documentário Servidão dirigido por Renato Barbieri, com depoimentos de abolicionistas modernos e trabalhadores rurais que foram vítimas da escravidão contemporânea e investiga a sociedade brasileira que há cinco séculos continua a subjugar a mesma categoria de pessoas.