Evento é uma parceria entre STF, CNJ e TST
A presidente da Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra), Luciana Conforti, e a diretora de Prerrogativas e Assuntos Jurídicos, Dayna Lannes, acompanharam, nesta segunda (19/6), a abertura do Fórum Internacional Justiça e Inovação (Fiji), na sede do Tribunal Superior do Trabalho (TST), em Brasília.
O evento tem por objetivo discutir a relação entre o Direito e as novas tecnologias, as implicações e os desafios dessa interação, bem como as perspectivas para a sua evolução.
Compuseram o painel de abertura a presidente do STF e do CNJ, ministra Rosa Weber, a ministra do STF Cármen Lúcia e o ministro Aloysio Corrêa da Veiga, vice-presidente do TST. Em seu pronunciamento, a ministra Rosa Weber afirmou que os processos de inovação devem estar diretamente relacionados com o direito e a justiça. Na visão da presidente do Supremo, a Justiça que não acompanha a mudança no mundo, corre o risco de se tornar cúmplice da injustiça, e que mudanças políticas, sociais e econômicas ou tecnológicas “demandam incessantemente o reconhecimento de novos direitos”.
Na mesma linha, o ministro Aloysio Corrêa da Veiga apontou que a educação de toda a sociedade quanto às novas tecnologias e todos os seus impactos, positivos ou negativos, é primordial para que se tenha avanço, sem prejuízos aos direitos fundamentais previstos na Constituição Federal. ‘É preciso educação para acompanhar toda essa evolução. Se houver educação, haverá inclusão. A inovação tecnológica é absolutamente indispensável, mas é preciso compatibilizar todas essas questões com o direito humano’.
Por fim, a ministra Cármen Lúcia fez uma ampla análise da inserção da tecnologia no Judiciário brasileiro e os desafios que se colocam em meio a este novo tempo, alertando que a Justiça precisa ser humilde para aprender sobre as novas tecnologias, para que a máquina sirva ao homem e não o contrário. Além disso, afirmou que o principal desafio do Judiciário brasileiro é permitir que as novas tecnologias possam ser acessadas por todos, de forma igualitária.
Programação
O Fórum Internacional Justiça e Inovação (Fiji) segue até amanhã (20), com a realização de painéis e oficinas com a participação de integrantes de tribunais superiores e regionais e de acadêmicos de instituições nacionais e internacionais.