Conjunto de atividades é alusivo ao Dia Nacional de Combate ao Trabalho Escravo, celebrado no dia 28 de janeiro
O diretor de Cidadania e Direitos Humanos da Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra), André Dorster, participou, nesta segunda (13/12), de reunião do Grupo de Discussão instituído no âmbito da Comissão Nacional de Erradicação do Trabalho Escravo (Conatrae), para a construção da agenda para a Semana Nacional de Combate ao Trabalho Escravo de 2022, alusiva ao Dia Nacional de Combate ao Trabalho Escravo, celebrado no dia 28 de janeiro.
O grupo debateu detalhes da programação, como o formato dos eventos e atividades a serem desenvolvidas por cada uma das entidades integrantes da Comissão, bem como as ações específicas a serem encabeçadas pela Conatrae. A ideia é que sejam realizados manifestos, lives e debates, que discutam, de forma aprofundada, os impactos da escravidão moderna na sociedade e os caminhos a serem seguidos para extinguir esta terrível mazela.
De acordo com o Observatório Digital do Trabalho Escravo, iniciativa do Ministério Público do Trabalho (MPT), em parceria com a Organização Internacional do Trabalho (OIT), entre 2003 e 2017 43.428 pessoas foram resgatadas em situações análogas a escravidão no Brasil, com base no sistema de Controle de Erradicação do Trabalho Escravo (Coete). Entre os resgatados, 77,28% são negros, pardos ou indígenas, 94,89% são homens e 72,56% são analfabetos ou têm até o 5° ano incompleto.
Sobre a Semana Nacional - A data foi criada em 2009 para homenagear Erastóstenes de Almeida Gonçalves, João Batista Soares Lage e Nelson José da Silva e o motorista Ailton Pereira de Oliveira, que foram assassinados em 28 de janeiro de 2004 durante inspeção para apurar denúncias de trabalho escravo em fazendas da região de Unaí (MG), episódio que ficou conhecido como Chacina de Unaí.