Webinário acontece no dia 22 de novembro, às 19 horas, com transmissão pelas redes sociais da entidade
Convocar magistradas e magistrados do Trabalho e a sociedade para refletir sobre os sentidos derivados do pertencimento étnico-racial atribuído a negros e brancos e os efeitos concretos resultantes de relações marcadas por hierarquias entre raças.
Esse é o objetivo do webinário "A branquitude e o papel da Magistratura na construção antirracista da sociedade", que a Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra) promove, na próxima segunda (22/11), às 19 horas, com transmissão pelo canal da TV Anamatra no Youtube e a fanpage da entidade no Facebook. A participação é gratuita, não sendo necessária inscrição prévia.
Idealizado pela Comissão Anamatra Mulheres, o evento terá como palestrantes as juízas do Trabalho Bárbara Ferrito e Gabriela Lacerda, integrantes da Comissão e como debatedoras, a vice-presidente da Amatra 5 (BA), Manuela Hermes de Lima, e a juíza Viviane Martins, também da 5ª Região, que integra a comissão de Direitos Humanos da Anamatra. A mediação será feita pela vice-presidente da Anamatra e presidente da Comissão Anamatra Mulheres, Luciana Conforti.
O evento marca a celebração do Mês da Consciência Negra e debaterá questões relacionadas ao pertencimento racial no Poder Judiciário, especialmente na Justiça do Trabalho. Para a Anamatra, composta a Magistratura, majoritariamente, por pessoas brancas, é desse lugar social que juízes e juízas estão e reagem ao mundo, interpretando sentidos e relações sob influência de experiências que este lugar social determina.
Segundo dados do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), apenas 12,8% da Magistratura no Brasil é formada por pessoas negras, contra 85,9% de pessoas brancas. Na Justiça do Trabalho, apenas cinco tribunais regionais alcançaram parâmetro de inclusão de pessoas negras em seus quadros, mesmo depois da vigência da Resolução CNJ 203/2015. O ato normativo fixou cotas de ingresso para ampliação de acesso das pessoas pretas e pardas em concursos para a Magistratura.
Nesse cenário, os debates do webinário partirão do entendimento de que não basta para enfrentar o racismo se declarar antirracista, mas entender seu caráter estruturante das interações sociais, bem como que o racismo se manifesta para além de condutas individuais moralmente reprováveis.
Para a Comissão Anamatra Mulheres, discutir a branquitude, as diferenças em processos de socialização e seus efeitos, em país estruturado sob racismo, é possibilitar compreender os mecanismos que perpetuam o racismo em desfavor de pessoas negras, que não estão proporcionalmente representadas em espaços institucionais de poder.
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