Presidente Luiz Colussi concedeu entrevista ao Portal UOL
A decisão do Governo Federal de criar um ministério específico para assuntos relacionados a emprego e Previdência foi amplamente divulgada pela imprensa nesta quarta (21). Em entrevista ao portal UOL, o presidente da Associação Nacional de Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra), Luiz Colussi, destacou que vê com otimismo a medida. "Temos 14,8 milhões de desempregados, então é necessário ter um ministério para gerir esta questão, ajudar na geração de emprego, na proteção do trabalhador."
Colussi afirmou que a Secretaria Especial de Previdência e Trabalho, que hoje integra o Ministério da Economia, teve um desempenho abaixo do esperado. "Na medida em que você eleva essas duas áreas [Trabalho e Previdência] à condição de ministério, o representante da pasta passará a discutir os temas a nível de igualdade com os demais ministros", disse.
O Ministério do Trabalho foi extinto logo no início do governo Jair Bolsonaro (sem partido), em janeiro de 2019, junto com outros ministérios da área econômica. As pastas foram fundidas para dar origem ao superministério da Economia.
A Anamatra foi uma das entidades que criticou a extinção do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) pelo governo Bolsonaro. Na época, a associação defendeu que era necessário uma estrutura com autonomia para planejar e colocar em prática políticas contra o desemprego e o subemprego.
Agora, as pastas do Trabalho e da Previdência devem sair do Ministério da Economia na reforma ministerial anunciada hoje pelo presidente Jair Bolsonaro. Se confirmada a alteração, o Brasil voltará a ter um ministério focado na política de emprego, como foi de 1930 até 2019.
O mais cotado para assumir o novo ministério é Onyx Lorenzoni, que hoje ocupa a Secretaria-Geral da Presidência.
(Com informações do UOL)