TJC: desigualdade de gênero é tema da abertura do curso de formação de professores

Temática foi abordada pela presidente da Anamatra, Noemia Porto

A presidente da Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra), Noemia Porto, participou, nessa segunda (20/7), da abertura do curso de formação do programa Trabalho, Justiça e Cidadania (TJC) para os professores que farão parte da inciativa na 10ª Região (DF e TO). 

O evento, realizado virtualmente, foi aberto pela presidente da Amatra 10 (DF e TO), Audrey Choucair Vaz, contou com participação do desembargador Mário Caron, coordenador regional do Programa na 10ª Região, e reuniu diversos professores e professoras, entre elas a representante da Secretaria de Educação do Distrito Federal Jane Margareth Ferreira. "A melhor maneira de prevenir é a conscientização sobre os direitos”, apontou a presidente da Amatra 10 ao falar da importância do TJC para evitar conflitos que chegam ao Poder Judiciário.  

Em sua saudação aos participantes, Noemia Porto falou da importância do programa da Anamatra, realizado nacionalmente em parceria com as Amatras, que, em sua visão, transcende a tentativa de fomento da cidadania. “Cidadania não é apenas conhecer direitos, mas ter uma visão crítica do que existe hoje em termos de exploração do trabalho em um país tão desigual como o nosso.  É pensar no futuro”, disse.

A intervenção da presidente teve como tema "A mulher na sociedade e no mercado de trabalho: participação, discriminação e principais direitos da mulher trabalhadora". No início de sua exposição, Noemia Porto falou de alertas da Organização Internacional do Trabalho (OIT) e da ONU Mulheres, que revelam que a desigualdade de gênero só será superada em 99 anos e que os impactos da pandemia no mercado de trabalho serão mais graves para as mulheres.

Nesse cenário, a presidente mencionou que os organismos internacionais defendem o comprometimento dos Estados com políticas públicas que ofereçam respostas para a reconstrução do mercado de trabalho, pensando na desigualdade de gênero. “A pobreza, o desemprego e a falta de renda das mulheres significam o sofrimento de seus filhos”, disse, ao alertar para a problemas como o aumento da violência doméstica na pandemia, a desigualdade na divisão das tarefas de cuidado, a insegurança de renda para as trabalhadoras domésticas, as dificuldades de ascensão profissional, o desemprego, entre outros.

“A pandemia não nivela, não neutraliza e não elimina essas circunstâncias, ao contrário, ela tende a tornar a desigualdade mais latente. Isso nos faz refletir sobre se a cidadania feminina é realmente completa, pois dificilmente as tarefas de cuidado são atribuídas aos homens. O fracasso ou o sucesso dos filhos está na conta das mulheres”, criticou.

Ao final de sua exposição, a presidente da Anamatra falou da importância da educação para mudar esse cenário e efetivar a promessa constitucional da igualdade entre homens e mulheres. “Eu tenho esperança que a educação possa contribuir para descortinar esse cenário, compreender os mecanismos da desigualdade e ajudar a combatê-la”.

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