A Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra) entrega, nesta quinta-feira (24/11), o Prêmio Anamatra de Direitos Humanos. A cerimônia acontece a partir das 19 horas, no Museu de Arte do Rio (MAR), na Praça Mauá, Centro, no Rio de Janeiro (RJ).
No total serão distribuídos R$ 60 mil em prêmios para os vencedores nas categorias Cidadã, Programa Trabalho, Justiça e Cidadania (TJC) e Imprensa (subcategorias impresso, rádio, TV e fotografia). Além da premiação em dinheiro, o vencedor em cada categoria/subcategoria receberá a estatueta inspirada no "Cilindro de Ciro", artefato de 539 a.C, que é considerado a primeira declaração de direitos humanos da história. Também foram escolhidos três trabalhos que receberão placa de menção honrosa.
Em sua 7ª edição, o Prêmio tem como objetivo valorizar ações desenvolvidas no Brasil por pessoas físicas e jurídicas que estejam comprometidas e que promovam, efetivamente, a defesa dos direitos humanos no mundo do trabalho.
Confira os vencedores de 2016:
CATEGORIA CIDADÃ
Título do trabalho: Eugênia, a Engenheira
Participante: Federação Interestadual de Sindicatos de Engenheiros
Cidade: Rio de Janeiro/RJ
Resumo: Projeto usa histórias em quadrinhos para debater direitos e deveres dos trabalhadores. Com ilustrações de Pater e periodicidade mensal, os quadrinhos retratam temas sobre direitos trabalhistas e sociais, como privatizações, terceirizações, racismo, transfobia, violência, entre outros. A primeira história em quadrinhos relatou uma situação de assédio moral no trabalho, que atinge diretamente as mulheres. A personagem Eugenia é uma mulher negra, engenheira de 40 anos com 15 de trabalho em uma empresa pública, recém-divorciada e tem dois filhos: uma pré-adolescente e um menino de 9 anos.
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CATEGORIA IMPRENSA
Subcategoria Impresso (Jornal, Revista ou Internet)
Título do trabalho: Escravos da moda
Veículo: Revista Galileu – Editora Globo
Participante: Thiago Tanji
Cidade: São Paulo/SP
Resumo: Com 80 bilhões de peças de roupa vendidas por ano, a indústria da moda mantém uma fórmula que combina o consumo desenfreado com a exploração da mão de obra. Reportagem mostra a realidade escondida pode detrás da produção de grandes grifes brasileiras e estrangeiras: jornadas de trabalho extenuantes, baixos salários, excessiva cobrança por metas e até mesmo flagrantes de trabalho forçado e infantil.
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Subcategoria Televisão
Título do trabalho: As eternas escravas
Veículo: TV Record
Participante: Gustavo Costa – produção e reportagem/editor executivo, Lúcio Sturm – repórter, Marcelo Magalhães – editor, Domingos Meirelles - apresentador, Michel Mendes – repórter cinematográfico, Valmir Leite – auxiliar técnico, Caio Laronga – editor de pós-produção, Natália Florentino – finalização, Rafael Ramos – sonorização, Renato Battaglia – arte e Rafael Gomide – chefe de redação.
Cidade: São Paulo (SP)
Resumo: Reportagem mostra um escândalo no estado de Goiás que revela uma das faces mais cruéis da humanidade: a escravidão de crianças negras e pobres. Repórteres levantaram documentos e investigaram crimes bárbaros: meninas são amarradas, torturadas e transformadas em servas domésticas e sexuais. Por uma ironia do destino, as vítimas são justamente descendentes de escravos. As meninas, entre 9 e 14 anos de idade, vivem no quilombo Kalunga, região próxima à Brasília. Denúncias incluem “leilões” de menores virgens por 100 reais e os acusados são políticos e pessoas ricas de Cavalcante, uma cidade vizinha ao quilombo Kalunga.
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Subcategoria Rádio
Título do trabalho: Marcada para lutar
Veículo: Rádio CBN
Participante: Hebert Lenin de Araújo Pereira
Cidade: João Pessoa (PB)
Resumo: Retrata o surgimento das ligas camponesas na região Nordeste na década de 60, durante as turbulências políticas e sociais. As organizações lutavam pelos direitos dos trabalhadores rurais.
Subcategoria Fotografia
Título do trabalho: Série Rio Negro: piaçabeiros reféns do isolamento e da escravidão
Veículo: Jornal Amazonas em Tempo
Participante: Sergio Ricardo de Oliveira
Cidade: Manaus/AM
Resumo: Fotografia ilustrou matéria do jornal Amazonas em Tempo sobre a vida de homens e mulheres que trabalham com o extrativismo de fibras de piaçava no norte do Estado do Amazonas, refém do isolamento, das condições degradantes de trabalho e até mesmo do trabalho forçado.
CATEGORIA PROGRAMA TJC
Título do trabalho: Graffiti na Escola
Participante: EMEFEJA Pierre Bonhomme
Cidade: Campinas (SP)
Resumo: Incluir, através da arte, os temas do Programa Trabalho, Justiça e Cidadania, no ensino de jovens e adultos. Esse é o objetivo do projeto Graffiti na Escola. O trabalho foi idealizado pela equipe pedagógica da escola Pierre Bonhomme, em Campinas, sob a coordenação da Amatra 15. A iniciativa contou com a participação do grafiteiro Gustavo Bordin, que ministrou oficinas de arte para os alunos. O trabalho voluntário do grafiteiro é reconhecido no Brasil e no exterior, em especial no resgate de jovens em situação de risco que cumprem medidas socioeducativas.
Confira as menções honrosas de 2016:
Reportagem - A rota da castanha: exploração sem limite
Categoria: Imprensa/Subcategoria TV
Resumo: Reportagem especial do Câmera Record, sob o comando do repórter Daniel Motta e equipe, denunciou as condições desumanas de trabalho a que são submetidos homens, mulheres e crianças que sobrevivem da quebra da castanha no agreste brasileiro. Os repórteres revelaram também como várias gerações de trabalhadores rurais são explorados na produção desse produto nobre e caro, que está presente à mesa dos brasileiros.
Série “À margem”
Categoria: Imprensa/Subcategoria Rádio
Resumo: A série da jornalista Mislene Santos, do Jornal Correio da Paraíba (Rádio 98 FM), relatou a realidade do mercado de trabalho para travestis e transexuais. A narrativa mostra problemas como prostituição e informalidade, mas também fala de políticas públicas relativas ao tema e de exemplos de superação por meio do estudo e trabalho.
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