O vice-presidente da Anamatra, Guilherme Feliciano, representou a Anamatra, ontem (7/4), em ato organizado pela Associação dos Advogados do Trabalho de São Paulo com o apoio da Amatra 2 e do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (TRT/SP) em defesa da Justiça do Trabalho. O evento reuniu magistrados, advogados, trabalhadores e demais atores, no Fórum Ruy Barbosa, com objetivo de protestar contra o corte no orçamento da Justiça do Trabalho - 30% nas verbas de custeio e 90% nas verbas de investimento.
"Os que sabem distribuir justiça provarão agora, aos seus detratores, que também sabem reclamar por justiça", registrou Feliciano durante o evento, revelando os desatinos da LOA 2016, relativamente ao corte discriminatório do orçamento anual da Justiça do Trabalho.
Durante o evento o presidente eleito da Amatra 2 (SP), Fábio Ribeiro da Rocha, destacou que, se o corte não for revogado, os trabalhadores serão prejudicados. “Os servidores já tiveram redução salarial e não teremos reposição de servidores nem os magistrados que foram aprovados no último concurso tomarão posse. Teremos redução do horário de expediente, servidores trabalharão menos e o trabalhador, mais uma vez, será o maior prejudicado. Se até julho o Poder Legislativo não mudar a questão do orçamento restringido à Justiça do Trabalho, eu não tenho dúvidas que a partir de agosto tais situações acontecerão”, alertou.
Já a atual presidente da Amatra, Patrícia Ramos, ressaltou o significado dos cortes. “O resultado dessa intervenção desproporcional no orçamento da Justiça do Trabalho apresenta-se agora em prejuízo à população. O impacto negativo dos cortes será, sobretudo, suportado pelas classes sociais menos abastadas, justamente aquelas que mais recorrem ao judiciário trabalhista”, disse.
Em agradecimento aos presentes, a presidente do TRT-2, desembargadora Silvia Devonald, rebateu a desculpa de que o corte vem pelo motivo da atual crise e que o orçamento do País inteiro está caindo. Segundo ela, dados concretos mostram que o ano passado a Justiça do Trabalho recolheu para os cofres da União R$ 12,5 bilhões e a tendência seria o crescimento. “A Justiça do Trabalho não é uma Justiça para empregados, é uma Justiça para todos, porque ela é a única que consegue estabelecer o ponto de equilíbrio entre empregados e empregadores. E a manter desse jeito, nós teremos muita dificuldade em continuar sendo esse ponto de equilíbrio, principalmente nessa situação que nos encontramos hoje, de um desemprego acelerado e poucas perspectivas de novos empregos”.
* Com informações e foto Ascom/Amatra 2 (SP)
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