“Todos sabem da justiça dos nossos pleitos. Queremos a realidade da Constituição, a harmonia entre os Poderes”. Com essas palavras o presidente da Anamatra, Renato Henry Sant’Anna, abriu hoje (07/11) ato pela valorização da magistratura do Trabalho, realizado em Brasília pela Amatra 10 (DF e TO) nas dependências do Fórum Trabalhista de Brasília.
O evento contou com a participação de diversos juízes do Trabalho, dirigentes da Anamatra e também membros do Ministério Público. “É um momento difícil e a ideia é que todos estejam preparados para pensar em como levaremos adiante a nossa luta. Não é vergonha que aquele que vive se seu salário lute por ele”, disse Sant’Anna aos participantes do ato.
A juíza Noêmia Porto, presidente da Amatra 10, também falou da importância do momento e relatou a adesão ao movimento de cerca de 70% das Varas do Trabalho do Distrito Federal e de Tocantins, além do TRT, onde três Turmas ficaram paradas nesta quarta-feira. “Estamos parados pelo descumprimento da Constituição Federal. Pela violação e violência ao Poder Judiciário”, disse.
Mobilização e não conciliação
Amanhã (8/11), os juízes continuam a paralisação, que tem adesão de cerca de 90% dos juízes do Trablho em todo o Brasil, e, a exemplo de hoje, haverá atos organizados pelas Amatras. Os juízes irão aos fóruns, mas não realizarão audiências, que serão remarcadas. Os atos urgentes serão realizados.
O objetivo do movimento é chamar a atenção para a desvalorização da carrreira, que sofreu perdas remuneratórias de cerca de 30%, desde 2005, quando foi implantado o subsídio em parcela única. Os juízes também não participam da Semana Nacional de Conciliação do CNJ, de 7 a 14 de novembro, como forma de protesto à situação remuneratória. A mobilização tem também a adesão dos juízes federais, representados pela Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe).