Cerca de 100 magistrados da Justiça do Trabalho se reuniram, entre os dias 16 e 17 de agosto, no Hotel Tauá, em Caeté, para o 14º Encontro dos Magistrados da Justiça do Trabalho da 3ª Região (EMAT). O evento foi realizado pela Associação dos Magistrados da Justiça do Trabalho da 3ª Região (Amatra3) e teve o patrocínio da Caixa Econômica Federal e da Petrobras.
De acordo com a Presidente da associação, Juíza Jacqueline Prado Casagrande, o encontro demonstrou a importância da união dos magistrados, através da Amatra 3, para a solução dos problemas que a classe enfrenta. “O evento contribuiu para o associativismo, na medida em que os temas de interesse comum foram debatidos e propostas soluções”, afirmou.
Dando início à programação, o Coral Acordos e Acordes, do Tribunal Regional do Trabalho mineiro (TRT3), executou o Hino Nacional Brasileiro. Na composição da mesa, as presidentes do TRT3 e da Amatra3, Deoclecia Amorelli Dias e Jacqueline Prado Casagrande, respectivamente, a Juíza Rosemary de Oliveira Pires e o gerente regional da Caixa Econômica, Júlio César Tavares.
Frei Betto, frade dominicano, autor de 53 livros, primeiro a palestrar, trouxe o tema Pós-modernidade, trabalho e ética. Em sua palestra, Frei Betto falou das mudanças de época pelas quais passou a sociedade e como essas mudanças provocaram a queda de alguns paradigmas e a ascensão de outros tantos. Para ele, a “mercantilização” da vida tende a ser o paradigma contemporâneo, da Pós-modernidade, e, por isso, é preciso refletir sobre o assunto e resgatar a ética.
"Para sobreviver, precisamos nos acostumar e aceitar os espinhos dos outros". Foi com essa frase que Marilda Emmanuel Novaes Lipp encerrou sua palestra, no segundo dia do 14º EMAT. A pós-doutorada em Stress Social usou a metáfora dos porcos espinhos que, para sobreviverem à Era Glacial, precisaram se unir mesmo machucando uns aos outros com seus espinhos. Segundo a palestrante, é preciso que os magistrados da Justiça do Trabalho se unam na busca de melhor qualidade de vida, longe do stress.
Na sequência, o Juiz Luciano Athayde, titular da 2ª Vara do Trabalho de Natal (RN), tratou do tema "Juiz do Trabalho: Jurisdição, eficiência, governança e diálogo social". Em sua exposição, falou do excesso de conflitos que não precisariam ser levados ao judiciário, podendo ser solucionados na esfera sindical. Para o magistrado, esse "excesso de judicialização" acaba por sobrecarregar ainda mais a Justiça do Trabalho. Athayde falou também da necessidade de maior envolvimento dos magistrados nas questões administrativas dos tribunais, o que fomenta a governança.
Ainda no segundo dia do evento, os participantes tiveram um encontro inovador com as presidentes do TRT3 e da Amatra3. “Nessa discussão de alto nível, pudemos perceber o envolvimento dos magistrados com a associação. Certamente, a abertura e diálogo que conseguimos nos trarão bons frutos”, afirmou a Presidente Jacqueline. Uma festa encerrou o evento com a apresentação da Banda Brasil 70.
Fonte: Ascom Amatra 3 (MG)