O presidente da Anamatra, Luciano Athayde Chaves, o diretor de cidadania e direitos humanos, Gabriel Napoleão Velloso Filho, e a juíza Eulaide Lins, integrante do Conselho Fiscal e da Comissão de Estudos de Planejamento Estratégico e Metas do Judiciário da entidade, participam do evento, além de presidentes de Amatras e juízes do Trabalho de diversas Regiões. “A participação das entidades de classe no Encontro é fundamental, traduzindo a visão coletiva dos magistrados do trabalho sobre as estratégia e as ações de planejamento do Poder Judiciário”, disse o presidente.
Luciano Athayde também ressaltou a preocupação da Anamatra com o alinhamento do planejamento estratégico a temas essenciais para os juízes, como é o caso da saúde ocupacional, da infraestrutura no trabalho e da otimização das rotinas. “As 24 regiões da Justiça do Trabalho possuem características singulares, que precisam ser respeitadas quando estabelecemos, por exemplo, metas de nivelamento de desempenho”, ressaltou.
A Anamatra vem discutindo o tema planejamento estratégico de forma prioritária, tendo participado das diversas discussões promovidas pelo CNJ antes do Encontro. A entidade também enviou ao Conselho sugestões de metas prioritárias alternativas para 2001, além de pedido para que fosse assegurada a participação da entidade na discussão e eleição das metas, com direito a assento e voz nesse procedimento.
Outra iniciativa desenvolvida pela entidade nesse sentido foi a criação da Comissão de Estudos de Planejamento Estratégico e Metas do Judiciário, que tem como objetivo permitir a melhor colaboração da Associação nacional com o Planejamento Estratégico Nacional para o Poder Judiciário, notadamente no âmbito da Justiça do Trabalho, e de proporcionar que os juízes possam expor suas ideias para o aperfeiçoamento da instituição judiciária e as dificuldades para o cumprimento das metas.
BSC
A palestra magna do evento coube ao professor da Harvard University David Norton, por meio de videoconferência. O professor é um dos idealizadores da metodologia de gestão estratégica Balanced Score Card (BSC), que foi utilizada no desenho do Planejamento Estratégico do Poder Judiciário.
Em sua intervenção, ele reconheceu o esforço que vem sendo envidado em diversos países para melhorar a qualidade de gestão. Nesse aspecto, ressaltou as dificuldades que são enfrentadas, nas iniciativas públicas ou privadas, no que tange a efetivação de uma estratégia.
Para o professor, há barreiras que precisam ser superadas: fazer uma boa descrição da estratégia, monitoramento das ações, participação efetiva dos envolvidos, alinhamento aos objetivos, entre outras. “Todos na organização precisam fazer algo de seu trabalho para melhorar o acesso responsável à justiça e melhorar a eficiência operacional”, disse.