"É de fundamental importância para a construção da cidadania a aproximação entre o Judiciário e os jovens. Por muito tempo, o magistrado foi visto como um ser distante das causas sociais. A consolidação do Programa Trabalho, Justiça e Cidadania (TJC) em Pernambuco nos desafia a incentivar, também, a concretização desse modelo em outros Estados.” As palavras da presidente da Amatra 6, Luciana Conforti, foram proferidas durante a culminância do ciclo 2010 do Programa TJC, realizada no dia 12 de novembro, no Recife. Marcado pela emoção, tanto dos magistrados presentes, quanto dos alunos das seis escolas atendidas, o evento permitiu aos estudantes mostrarem, através de apresentações culturais, um pouco do que aprenderem com a iniciativa ao logo do ano letivo.
Tendo como mote os 100 anos de falecimento do jurista e jornalista pernambucano Joaquim Nabuco, as produções das seis escolas, apresentadas nas categorias de vídeo, jornal e jogo teatral, trabalharam principalmente o preconceito social ainda enfrentado pelo negro na atualidade, bem como o esclarecimento dos principais direitos do trabalhador e o papel da Justiça como garantidora de sua aplicação prática.
Para a diretora social da Amatra 6 e coordenadora do Programa TJC em Pernambuco, juíza Carmen Richlin, o crescente interesse e a efetiva participação das escolas têm sido fatores determinantes para o sucesso do projeto no Estado: “O Programa somente tem este êxito porque as escolas abrem as portas e os educadores multiplicam os conteúdos. Tanto os jovens quanto os magistrados, todos acabam lucrando”, afirmou.
Números - Desenvolvido há 5 anos no Estado pela Amatra 6, o Programa já atendeu quase 40 escolas da rede pública estadual de ensino. Somente em 2009, cerca de 7,5 mil estudantes foram beneficiados pelo projeto, que tem como proposta envolver os juízes trabalhistas na formação cidadã dos jovens.