A Diretoria Executiva e o Conselho de Representantes da Anamatra homenagearam hoje (28/4), durante a reunião do colegiado, o juiz do Trabalho Rubens Curado, pela sua atuação à frente do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), onde exerceu os cargos de secretário-geral e de juiz auxiliar da presidência. “Trata-se de uma oportunidade histórica, como presidente do Conselho”, afirmou o presidente da Anamatra, Luciano Athayde Chaves.
Ao homenagear Rubens Curado, o presidente da Anamatra falou dos testemunhos de vários juízes do Trabalho, inclusive de presidentes de tribunais, sobre o trabalho de destaque do magistrado, à frente da secretaria-geral do CNJ. “Você, de maneira absolutamente tranquila, serena e desenvolta, inclusive em temas que não estão dentro da agenda da Justiça do Trabalho, capitaneou diversos projetos”, ressaltou Luciano Athayde, ao destacar o que considerou o maior desafio de Curado à frente do CNJ, com o apoio do ministro Gilmar Mendes, então presidente do Conselho, que foi o planejamento estratégico do Poder Judiciário, o que incluiu a direção dos trabalhos em workshops e Encontros Nacionais do Poder Judiciário.
Luciano Athayde também lembrou de recente homenagem (clique aqui para ler a matéria) feita a Rubens Curado pelo CNJ. “Naquela ocasião, o ministro Gilmar Mendes falou que a Justiça do Trabalho deveria ter orgulho da presença do Rubens Curado em seus quadros”, lembrou. “Foi um momento também feliz para mim, que tive a oportunidade, nesse primeiro ano de mandato, de contar com a sua parceria sempre leal. Uma lealdade recíproca”, disse o presidente da Anamatra, que também reconheceu a preocupação, o apoio e a parceria de Rubens Curado na solução de questões orçamentárias da magistratura do Trabalho. “Mas a homenagem ao Rubens não é apenas em função da solução desse momento específico, mas de toda trajetória dele dentro do CNJ”, disse.
Durante sua intervenção, o presidente da Anamatra também falou da importância da participação dos magistrados na gestão judiciária. “Nós acreditamos em um Judiciário governado por juízes. Não iremos a reboque de decisões que não sejam de juízes. Porque essa é uma conquista brasileira”, disse, ao lembrar que em outros países, como a Espanha e a Argentina, não há essa regência dos magistrados. “O Brasil tem o hábito de dizer que o juiz não foi feito para administrar, mas isso está mudando. O CNJ construiu de maneira ousada uma secretaria administrada por juízes, o que já foi um avanço”, afirmou Luciano Athayde, que falou de seu orgulho de ver um juiz do Trabalho de primeiro grau à frente da secretaria-geral do CNJ. “Fiquei feliz como magistrado e como cidadão. Tenho lutado, incessantemente, para que os tribunais sejam o reflexo de sua magistratura e não da burocracia. E esse foi um sonho que se parcializou com o Rubens Curado”, disse Luciano Athayde. “Prestamos uma homenagem aquele que soube ocupar o espaço com galardia, serenidade e profunda eficiência”, finalizou o presidente.
“Sinto orgulho de nossa associação”
Ao agradecer a homenagem, Rubens Curado falou da importância do movimento associativo. “Sinto orgulho de nossa associação, a Anamatra”, disse, ao registrar também o trabalho do presidente da entidade, Luciano Athayde Chaves. “Nosso presidente tem esse espírito de participação e crítica construtiva, que vai muito além do corporativismo e do associativismo”, disse Rubens Curado, ao lembrar a intervenção feita pelo presidente, durante o painel reservado para as associações, no 3º Encontro Nacional do Poder Judiciário, realizado em São Paulo, no mês de fevereiro.
Rubens Curado também falou da importância da participação das associações e da magistratura no planejamento estratégico do Poder Judiciário, conforme previsto na Resolução nº 70 do CNJ. “O papel das associações hoje é muito mais amplo do que era há tempos atrás,” afirmou o magistrado, ao lembrar da atuação das entidades de classe e da magistratura como um todo nas discussões de questões envolvendo o orçamento, gestão de pessoas, tecnologia da informação, entre outros.
“Foi uma honra atuar no CNJ e contribuir para o aperfeiçoamento do Judiciário como um todo”, disse o magistrado. “Quanto a gente tem a oportunidade de realizar um trabalho como esse, temos a obrigação de fazer o melhor", disse, ao lembrar os seus três anos, um mês e dezessete dias de trabalho no Conselho, incluindo o período em que atuou como juiz auxiliar da presidência. “Espero ter contribuído para a melhoria da magistratura, da instituição, e quem sabe ainda continuarei a contribuir”, disse, finalizando sobre sua expectativa de retorno à atividade judicante. “É minha
carreira, é lá que me realizo”, completou.
O juiz do Trabalho Rubens Curado assumiu a secretaria-geral do CNJ em abril de 2009, cargo que deixou este mês. Na secretaria, além de ficar responsável pela condução dos trabalhos administrativos do Conselho e a secretaria das sessões plenárias, coordenou diversos projetos, como o desenvolvimento do planejamento estratégico do Judiciário, a organização das metas prioritárias e a realização dos encontros nacionais do Judiciário. Anteriormente, atuou durante dois anos como juiz auxiliar da presidência do Conselho, onde assumiuu a coordenação de trabalhos como as tabelas unificadas, a numeração única e a tabela nacional de bens apreendidos
Mensagem - placa de homenagem:
“Homenagem da Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho ao Juiz do Trabalho Rubens Curado, pelos relevantes serviços prestados à Justiça brasileira à frente da Secretaria-Geral do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Que a excelência e a competência do seu trabalho sirvam de exemplo e inspiração a toda a magistratura nacional.
Brasília, 28 de abril de 2010
Diretoria Executiva e Conselho de Representantes da Anamatra”
