Em sua exposição, Vladimir Freitas fez um trajeto do que seria a vida de um magistrado até o momento em que chega à aposentadoria, que, em sua opinião não é algo planejado. “Na aposentadoria compulsória há a questão dos 75 anos, que já passou por 68 e agora estamos em 70. Há uma eterna polêmica em todo dessa idade, porém, por outro lado, a medicina avança e, hoje, pessoas de 70 anos estão fortíssimas e perfeitamente apitas a exercer as funções, disse o desembargador dando como exemplo o ministro Luciano.
“Em sua grande maioria, os magistrados não têm outra atividade. E quando se aposentam as mulheres tendem a administrar melhor essa nova fase de suas vidas, já os homens tendem a cair numa depressão”. Para o magistrado, nessa nova fase da vida, alguns magistrados passam a advogar e se sentem felizes, outros resolvem lecionar ou ainda dedicam-se ao serviço voluntário. “Mas é preciso apagar o passado e renunciar a privilégios, mesmo pequenos como as vagas na garagem. Não tem uma vaga na garagem para o aposentado”, frisou Vladimir Passos.
De acordo com o desembargador, no Brasil são poucas iniciativas de aproveitamento dos aposentados. Já nos Estados Unidos, exemplificou, há a figura do juiz sênior, que é um magistrado que pode tem a opção de se aposentar, mas que prefere ficar na ativa, então é dado a ele o direito de trabalhar ficando com 25% dos processos e ganhando integralmente o seu salário. “Essa é uma saída inteligente”, disse.
“A aposentadoria não é o paraíso e nem a velhice a ‘melhor idade’, mas, óbvio que uma vida levada com inteligência emocional e uma aposentadoria bem planejada, financeira inclusive, podem tornar essa fase da vida mais rica, mais serena – boa”, finalizou o magistrado.
Investimentos - O professor Mauro Halfeld apresentou sua palestra abordando temas do livro de sua autoria, “Investimentos – Como Administrar Melhor seu Dinheiro”, distribuído aos congressistas do 15º Conamat. De maneira clara e didática, falou sobre questões importantes como a compra de imóveis, o orçamento pessoal e os investimentos financeiros. Deu recomendações e exemplos de casos reais, inclusive pessoais. Apresentou análises sobre o mercado financeiro e ajudou a plateia a descobrir, por meio de exemplos e indicações, para onde está indo o seu dinheiro.
Mauro Halfeld falou também sobre estratégias para a aposentadoria e para que a independência financeira seja atingida, além de cuidados na compra de imóveis, ganhos e riscos de se investir em ações.
Ao final de sua participação, Halfeld deixou dicas para os congressistas: “ganhe mais dinheiro, poupe, evite ter dívidas, invista corretamente – vale à pena ter um pouquinho de ações - tenha sua casa própria, faça seguro de vida (algo pouco divulgado) e seguro saúde, permita que você coma algumas cenouras ao longo da caminhada. Falei em trabalhar e poupar, mas é necessário se divertir, aproveitar a vida e, por último, entenda que o dinheiro é apenas um meio de se viver bem, não é um fim por si mesmo”.
Foto: Alessandro Dias