Presidente da Anamatra destaca importância da gestão judiciária

Luciano Athayde foi um dos painelistas do 3º Encontro Nacional do Poder Judiciário

 
O presidente da Anamatra, Luciano Athayde Chaves, foi um dos painelistas do 3º Encontro Nacional do Poder Judiciário, que acontece hoje (26/2) em São Paulo. O magistrado integrou o painel "O papel da magistratura nacional na execução do planejamento estratégico do Poder Judiciário", que contou ainda com a participação dos presidentes da Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe), Fernando Matos, e da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), Mozart Valadares Pires, e foi presidido pelo conselheiro Leomar Amorim, membro da Comissão de Gestão Estratégica, Estatística e Orçamento do CNJ.
 
Em sua intervenção, Luciano Athayde falou do papel da magistratura, representada coletivamente pelas entidades de classe, na execução do planejamento estratégico. "Planejar é uma coisa, mas o grande desafio é a execução. A palavra-chave para o avanço é `participação` e o desafio é transportar as ideias aqui colocadas para todos os juízes brasileiros", afirmou o magistrado. Para Luciano Athayde, é necessário criar uma cultura de gestão entre os magistrados, tarefa que segundo ele não é fácil. "A gestão judiciária exige conhecimento de uma nova cultura que os juízes brasileiros muitas vezes sequer têm tempo para pensar", disse ao registrar a importância da iniciativa das escolas  judiciais, a exemplo da Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados do Trabalho (Enamat), nesse sentido. "Precisamos criar uma cultura de gestão científica, de compromisso e de prestação de contas e é nesse desafio que queremos colaborar. Essa inércia precisa ser quebrada em algum momento", disse. 
 
Luciano Athayde também falou da importância das entidades de classe em trazer ao CNJ feedbacks dos problemas, gargalos e dificuldades, e discutir táticas que precisam ser redefinidas a todo momento. "Temos o compromisso de trazer um diagnóstico permanente entre o esforço do cumprimento das metas e a realidade de cada juiz", alertou Luciano Athayde, ao ressaltar que os bons resultados da Justiça do Trabalho no cumprimento das metas de nivelamento têm sido conseguidos a custo de uma dedicação muito grande dos juízes do Trabalho. "Em algumas comarcas, a Justiça do Trabalho opera em seu limite na fase de conhecimento. Quando as metas estiverem comprometendo a qualidade de vida e a saúde ocupacional dos magistrados, será papel das associações trazer essa realidade para o CNJ, para que elas sejam ajustadas de acordo com as assimetrias do Poder Judiciário", disse.
 
Em relação à colaboração da Anamatra com a questão de gestão estratégica do Poder Judiciário, Luciano Athayde falou das iniciativas promovidas pela entidade no ano de 2009, a exemplo da decisão do Conselho de Representantes em apoiar  a Resolução nº 70 do CNJ. "Indicar e fazer funcionar as comissões de planejamento estratégico e orçamentário nos tribunais é um grande desafio", disse o magistrado. "A Resolução nº 70 é um passo que não permite retrocesso", disse. A estruturação de uma assessoria orçamentária própria na Anamatra para auxiliar os gestores também foi lembrada pelo presidente, bem como a realização da terceira edição do Curso de Orçamento, que reuniu em Brasília representantes dos Tribunais Regionais do Trabalho de todo o Brasil.
 
Meta para 2010 - As metas para o ano de 2010, que estão sendo discutidas no 3º Encontro, também foram objeto da intervenção de Luciano Athayde, que registrou, em especial, a importância da proposta que se dedica à promoção de cursos de gestão judiciária e a que se preocupa com a questão da gestão de pessoas. A meta relacionada à execução também foi abordada por Luciano Athayde, que defendeu a concentração da força de trabalho na atividade-fim. "Nossa tradição é a dedicação à fase de conhecimento. Separar um tempo para a execução é um grande desafio e é necessário discutir de forma coletiva essa proposta com os juízes”, afirmou o magistrado, que ressaltou a importância do estímulo aos depósitos judiciais e ao uso das ferramentas eletrônicas. Para Luciano Athayde, essa mudança de pensamento pode representar grandes avanços para o Poder Judiciário.

 

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