Anamatra entrega Prêmio Direitos Humanos

Entidade premia Projeto Axé, jornalista Bernardino Furtado e juíza Jurema Guterres

Uma concorrida cerimônia, realizada no salão de eventos Porto Vittoria, em Brasília, marcou a solenidade de entrega do Prêmio Anamatra de Direitos Humanos nas categorias Imprensa, Instituição e Judiciário Cidadão. O objetivo da entidade foi distinguir por meio do Prêmio a ampla diversidade de atores e ações que são desenvolvidas no Brasil com o esforço e intenso comprometimento de pessoas físicas e jurídicas na promoção e defesa dos direitos humanos no mundo do trabalho.

"A idéia do Prêmio foi o de mostrar o compromisso da Anamatra com as causas sociais, em especial quanto aos direitos humanos, que têm uma comunicação muito próxima e quase indissolúvel com o Direito do Trabalho", afirmou Montesso, lembrando que a instituição das diversas categorias do prêmio buscou estimular os diversos segmentos da sociedade engajados na defesa e promoção dos direitos humanos.

Vencedores

Na categoria Imprensa o prêmio ficou com o jornalista Bernardino Furtado, que produziu uma série de reportagens especiais sobre a situação atual e o futuro de milhares de meninos que sonham com a carreira de jogador de futebol. O trabalho do jornalista começou durante a Copa Brasil de Futebol Infantil em Votorantim (São Paulo), com viagens ao Maranhão, Goiás, Norte de Minas e Santos (SP), onde ele realizou entrevistas e pesquisa sobre as condições destes meninos. A série "Mercado da Infância" foi publicada simultaneamente nos jornais Estado de Minas e Correio Braziliense, ambos do grupo Diário Associados.

"A grande questão dos direitos humanos no Brasil hoje está relacionada com o trabalho, por isso parabenizo a iniciativa da Anamatra. "O prêmio para mim é um grande reconhecimento, estou muito feliz", afirmou. Bernardino também falou da importância da atuação do Judiciário nas questões relacionadas aos direitos humanos, em especial no mercado de trabalho. "Ninguém mais do que os juízes do trabalho para saber o que acontece no Brasil na área trabalhista. A Justiça do Trabalho precisa olhar para a sociedade, a desigualdade e a exploração", afirmou.

A categoria Instituição premiou o Projeto Axé, uma iniciativa com 15 anos de existência, que já atendeu cerca de 13.700 crianças e adolescentes. Situado no coração do Pelourinho, em Salvador, o Axé assiste atualmente 1.547 crianças e jovens entre 5 e 21 anos de idade e, através do processo educativo e artístico,  luta pela oportunidade e pelo reconhecimento dessas crianças e jovens como cidadãos com direitos e deveres, buscando afastá-los de abusos, violência, drogas e criminalidade.

"Ganhar o prêmio da Anamatra é muito importante para o Projeto Axé. Estamos surpresos e muito honrados em ter o reconhecimento dos magistrados do trabalho para um projeto localizado em Salvador, mas que representa um esforço social para todos os brasileiros", afirmou Fernanda Tourinho, coordenadora do Centro de Formação do Projeto Axé, que também falou da importância da educação dos jovens com vistas à formação de uma consciência de direitos em cada um deles.

O Prêmio da categoria Judiciário Cidadão ficou com a juíza aposentada da 4ª região, Jurema Guterres, que coordenou por 12 anos a Horta Comunitária Joanna de Angelis, uma entidade de cunho filantrópico que promove a cidadania, que há mais de 16 anos desenvolve ações que têm por finalidade oferecer melhor condição de vida às comunidades carentes de Novo Hamburgo, na região metropolitana de Porto Alegre. Além disso, a magistrada coordena atualmente o Projeto Clínica de Saúde Integral Francisco de Assis, que presta atendimento psicológico e médico a crianças, adolescentes, jovens, mães e familiares dos alunos que integram os diferentes projetos da Horta.

"Agradeço a Anamatra por ter instituído este prêmio e à Amatra 4, que me indicou para participar dele. Agradeço a premiação que dedico ao esforço de todos os juízes do trabalho que me apóiam nesse projeto, bem como à comunidade da região de Novo Hamburgo", afirmou a magistrada, lembrando da importância da integração entre o Judiciário e a sociedade. "Na medida em que vivenciamos a realidade social, temos melhores condições de aplicar a lei, refletindo as verdadeiras demandas da população e, conseqüentemente, possibilitando ao Judiciário cumprir o seu papel que é o de distribuir a Justiça para todos".

Concurso de Estatuetas

Além do prêmio em dinheiro, no valor de 5 mil reais, cada vencedor do Prêmio, levou para casa a estatueta vencedora do Concurso de Estatuetas para o Prêmio Direitos Humanos, que recebeu mais de 50 inscrições de todo o Brasil. O projeto vencedor foi idealizado por Herivelton Gonçalves Veloso e Filipe Leonardo de Oliveira Ribeiro, estudantes do 3º semestre do curso de Arquitetura e Urbanismo do Centro de Ensino Superior de Juiz de Fora, em Minas Gerais, que receberam como premiação um cheque no valor de 3 mil reais.

"Estamos muito felizes em ter nosso trabalho reconhecido por uma associação tão importante como a Anamatra. É muito gratificante saber que nossa estatueta está agora nas mãos de pessoas comprometidas e que se destacaram na defesa e promoção dos direitos humanos", afirmou Herivelton.

Os acadêmicos criaram a estatueta, usando a idéia do Cilindro de Ciro, um artefato de barro de 539 antes de Cristo, que hoje se encontra exposto no British Museum. A peça - que contêm os relatos do rei persa Ciro II sobre a conquista da Babilônia, a declaração da liberdade de religião e a abolição da escravatura - tem sido valorizada positivamente por seu sentido humanista e é considerada a primeira declaração de diretos humanos da História.

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