Mais da metade das crianças têm dificuldades econômicas, em nosso País. Este é o dado da Unicef.
O dado anterior foi divulgado, também, em jornal de grande circulação em nosso Estado, em data recente.
Por certo, estas dificuldades econômicas levam muitos, crianças e adultos, a imaginar e/ou aceitar o trabalho infantil. Mais profundos sentimentos, talvez, estejam presentes. A maldade está mais escondida.
Em 1927, Freud percebeu que “o homem é dotado das mais variadas disposições de impulsos, cuja direção definitiva é apontada pelas primeiras vivências infantis. Por isto, as limitações da educabilidade do homem também impõem seus limites à eficácia de semelhante mudança cultural”. (Freud, “O Futuro de uma Ilusão”, Porto Alegre: LePM, 2018, páginas 43 e 44).
No mesmo livro, existem algumas considerações sobre os atos de recalcamento, desconfiança e consequente desobediência, inteligência radiante de uma criança saudável confrontada com as limitações do adulto médio, (páginas 110, 114 e 118, respectivamente).
Provavelmente, acaso tivéssemos melhor compreensão destes temas, estaríamos mais próximos de solucionar outro grande problema, ou seja, os elevados números de maus tratos, físicos, contra as crianças, que persistem desde muito.
Pode-se, inclusive, pensar que estamos diante de um quadro de violência e terror para muitas.
Neste contexto, o trabalho do aprendiz, com as devidas cautelas, cuidados e previsões legais, é um bom início para nos acercarmos de assuntos tão relevantes e ainda de difícil solução, Lei da Aprendizagem.
Oportuno, pois, o belo evento realizado, no salão do Pleno do Tribunal Regional do Trabalho, do Rio Grande do Sul, TRT-RS.
Ali, naquele momento, a Presidente do TRT RS, Vania Cunha Mattos, lembrou os números da desigualdade econômica em nosso País, e, no específico, entre outros, os avanços da educação sistemática.
**Vice-presidente do TRT-RS - E-mail: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.