Em 1941, uma pesquisa do serviço secreto norte-americano concluiu que embora Hitler fosse um homem feio e sem graça, quem se aproximava dele, e o ouvia falar, não só se encantava com a sua retórica como o achava até simpático.
Este pequeno exemplo – explicado, também, pela cultura da época - talvez ajude a nos mostrar que as ideias se ligam, muitas vezes, às nossas emoções. E se assim é no campo da política, não tem sido diferente no mundo do trabalho, nem na dimensão do Direito.
Nos chamados “anos gloriosos do capitalismo”, a visão iluminista, mesmo já um tanto abalada - inclusive em razão do próprio Hitler – era ainda bastante forte. Apesar da guerra fria, respirávamos um clima de mais confiança e otimismo. Em boa parte, permaneciam os sonhos, as utopias.
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(*) Professor no Programa de Pós-Graduação em Direito da PUC-Minas.