Desembargador observa que procura pela Justiça do Trabalho está voltando a crescer, depois de uma queda de mais de 30%.
O desembargador Francisco Meton Marques de Lima vai assumir a presidência da Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra) no Piauí.
Em entrevista ao portal O DIA nesta segunda-feira, ele disse acreditar que a queda na procura pela Justiça do Trabalho foi provocada, sobretudo, pela recessão econômica que vem atingido o país há cerca de cinco anos, e não tanto pela reforma trabalhista aprovada em 2017, que passou a prever a obrigatoriedade de o trabalhador arcar com as custas processuais, caso perca a ação.
O desembargador Francisco Meton Marques de Lima (Foto: Elias Fontinele / O DIA)
"Se tem menos empregos, tem menos ações trabalhistas. Mas, depois de uma queda de mais de 30%, a procura pela Justiça do Trabalho já está crescendo novamente, ou seja, foi um ciclo muito curto de queda". opina.
Meton também afirmou que a proposta de extinção da Justiça do Trabalho só é defendida por "parlamentares inexperientes, que não conhecem as instituições brasileiras, e que vêm cheio de açodamento".
"Eu não acredito na extinção da Justiça do Trabalho. Tudo se extingue quando deixa de ser necessário. Daqui a algum tempo, eu tenho fé que vá deixar de ser necessário o embate trabalhista na Justiça, mas ainda não está acontecendo isso", afirma o desembargador.
Sobre sua atuação na Anamatra, Francisco Meton diz que espera contribuir com os conhecimentos adquiridos
"Levo para o nosso grupo a maturidade, a experiência de quem já viveu vários períodos parecidos com este [atual] e o conhecimento técnico", conclui.
Por: Cícero Portela