De acordo com o presidente, o país tem mais ações trabalhistas que o mundo todo junto. Ele voltou a dizer que há no Brasil excesso de proteção ao trabalhador.
Bolsonaro criticou o MPT (Ministério Público do Trabalho) e citou como exemplo Luciano Hang, das lojas Havan.
"Ele fez campanha para mim. E o MP do Trabalho chegou à conclusão de que ele estava constrangendo funcionários e aplicou-lhe uma multa de R$ 100 milhões. Não tem cabimento", disse.
O presidente afirmou que não irá acabar com a CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), mas que, assim como foi feito com a reforma trabalhista, irá atuar para flexibilizar os contratos de trabalho.
Especialistas afirmam que a declaração de Bolsonaro sobre acabar com a Justiça do Trabalho é pouco efetiva porque há garantia constitucional.
"Há um abalo na ideia de freios e contrapesos. Se a estrutura do Poder Judiciário tem de ser alterada, a iniciativa deve partir do Supremo Tribunal Federal", afirmou Guilherme Feliciano, presidente da Anamatra (associação de juízes trabalhistas).
A ideia de Bolsonaro, porém, afeta o equilíbrio nas relações do trabalho, disse Paulo Sérgio João, professor da FGV.
"A fala de presidente repercute como questão praticamente definida, mas não é. A Justiça do Trabalho não se muda de repente. São falas mais ameaçadoras do que efetivas."