Em 2011, ramo foi responsável por quase 1/4 das audiências de pacificação.
A Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra) anunciou nesta quinta-feira (4) que os juízes trabalhistas de todo o país não vão participar neste ano da Semana Nacional de Conciliação, que visa resolver conflitos na Justiça de forma pacífica. O motivo é o reajuste salarial de 15,8% oferecido pelo governo para os próximos três anos, considerado baixo pela categoria.
Promovido pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), a Semana da Conciliação, que neste ano ocorre entre 7 e 14 de novembro, mobiliza anualmente juízes federais, estaduais e do trabalho. No ano passado, a Justiça do Trabalho foi responsável por 84.822 audiências entre as partes (24,2% do total) e 32.616 acordos realizados (19,3%) em todo o país.
A decisão de boicotar a ação foi comunicada nesta quarta-feira (3) ao presidente do Supremo Tribunal Federal e chefe do CNJ, ministro Carlos Ayres Britto. No documento, os juízes do Trabalho dizem que querem chamar atenção para ações contra o Executivo que visam garantir a indepedência do Poder Judiciário para definir o reajuste de seus servidores.
Segundo a Anamatra, a ausência na Semana de Conciliação foi aceita de forma "praticamente unânime" entre 24 associações regionais, que representam magistrados do trabalhode todos os estados.
A Semana de Conciliação faz neste ano sua sétima edição. O objetivo é reduzir o grande estoque de processos na Justiça. Segundo o CNJ, as seis edições anteriores totalizaram 750 mil processos finalizados, três milhões de pessoas pacificadas, além de R$ 4,6 bilhões movimentados.