Na manifestação que reuniu mais de mil juízes, promotores e procuradores, nesta quarta-feira, no chamado Dia Nacional de Valorização da Magistratura e do Ministério Público, a Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra) distribuiu um folheto sobre a "situação de saúde e condições do exercício profissional" dos juízes trabalhistas.
E a conclusão da pesquisa - realizada em parceria com a fundação de pesquisa da Universidade Federal de Minas Gerais, ouvidos mais de 700 magistrados, de novembro de 2010 a fevereiro último - não foi nada boa.
Trabalho intenso
"Os resultados convergem para uma situação que pode ser nomeada de trabalho intenso", conclui a pesquisa: 45% dos consultados se deitam depois da meia-noite, 17,9% já estão de pé antes das 5 horas por causa do trabalho, 84,4% costumam trabalhar em casa e 41,5% declararam diagnóstico médico de depressão.
Insônia
Com relação à situação de saúde, os números foram os seguintes: 33,2% estiveram de licença-médica nos últimos 12 meses; 25% deixaram de realizar tarefas habituais devido a alguma problema de saúde nos últimos 30 dias; 17,5% informaram usar medicamentos para depressão ou ansiedade; 53,8% dormem mal.