As associações Nacional dos Membros do Ministério Público (Conamp), do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (Amperj) e Nacional dos Magistrados do Trabalho (Anamatra) manifestaram nesta sexta-feira repúdio ao assassinato da juíza Patrícia Acioli, na quinta-feira, em Niterói, e exigiram que os responsáveis seja punidos. Em nota, a Amperj afirmou que "a impunidade tem sido o principal fator para o aumento da violência que assola o País".
Segundo a nota, "não se pode tolerar o triunfo do mal sobre o bem" para que não sejam sepultadas, além da vítima, "as esperanças daqueles que lutam por Justiça e pelo fim da impunidade". Ainda, a associação afirmou que o MP dará "continuidade à luta dessa exemplar magistrada" e que "imperativo é o empenho e a dedicação dos organismos competentes para a elucidação da autoria e da captura dos responsáveis por tamanha barbárie, com a maior brevidade".
Segundo a nota, "não se pode tolerar o triunfo do mal sobre o bem" para que não sejam sepultadas, além da vítima, "as esperanças daqueles que lutam por Justiça e pelo fim da impunidade". Ainda, a associação afirmou que o MP dará "continuidade à luta dessa exemplar magistrada" e que "imperativo é o empenho e a dedicação dos organismos competentes para a elucidação da autoria e da captura dos responsáveis por tamanha barbárie, com a maior brevidade".
ONG Rio de Paz organizou um protesto na Praia de Icaraí, em Niterói, cobrando justiça
Também em comunicado, a Conamp pediu a rápida elucidação do crime e afirmou esperar das autoridades "urgentes medidas no sentido de resguardar a integridade física e a vida dos magistrados, promotores e procuradores e de seus respectivos familiares". A associação lembrou que as ameaças a membros do Judiciário são comuns no Brasil e que preservar a segurança dos profissionais é "dever do Estado".
A Anamatra, em nota, disse que a luta pela segurança no Judiciário é uma de suas bandeiras. A entidade pediu ainda "exemplar punição aos responsáveis" pelo crime e manifestou solidariedade à família de Patrícia.
A ONG Rio de Paz organizou um protesto silencioso, no início da noite desta sexta-feira, na Praia de icaraí, em Niterói, cidade onde Patrícia vivia.
Juíza estava em "lista negra" de criminosos
A juíza Patrícia Lourival Acioli, da 4ª Vara Criminal de São Gonçalo, foi assassinada a tiros dentro de seu carro, por volta das 23h30 do dia 11 de agosto, na porta de sua residência em Piratininga, Niterói, na região metropolitana do Rio de Janeiro. Segundo testemunhas, ela foi atacada por homens em duas motos e dois carros. Foram disparados pelo menos 15 tiros de pistolas calibres 40 e 45, sendo oito diretamente no vidro do motorista.
Patrícia, 47 anos, foi a responsável pela prisão de quatro cabos da PM e uma mulher, em setembro de 2010, acusados de integrar um grupo de extermínio de São Gonçalo. Ela estava em uma "lista negra" com 12 nomes possivelmente marcados para a morte, encontrada com Wanderson Silva Tavares, o Gordinho, preso em janeiro de 2011 em Guarapari (ES) e considerado o chefe da quadrilha. Familiares relataram que Patrícia já havia sofrido ameaças e teve seu carro metralhado quando era defensora pública.