03/07/24

Revista Trabalhista: prorrogado o prazo para envio de artigos para a 68ª edição

Novo prazo para envio de sentenças e acórdãos é 05 de agosto de 2024
03/07/24

Corregedor Nacional de Justiça arquiva PP que questionava decisões da Justiça do Trabalho em contratos de franquia

Anamatra solicitou ingresso no feito, como terceira interessada, e teve posicionamento considerado na decisão
02/07/24

Anamatra discute atuação em torno da prevenção e combate à violência doméstica contra magistradas e servidoras

Presidente Luciana Conforti participou de roda de conversa promovida pela Ejud 6 e Esmafe 5, em Pernambuco (PE)
02/07/24

Toma posse a nova Diretoria da Amatra 4 (RS) para o biênio 2024/2026

Associação gaúcha será liderada pelo juiz Tiago Mallmann Sulzbach

República também nos tribunais

* Artigo publicado no jornal Zero Hora (RS) 

 

São raros os argumentos que se aproximam da unanimidade, mas “democratização” tende a ser um desses.

Em poucas palavras, “democracia” é a ordem pela qual relações de poder desigual transformam-se em posições de autoridade compartilhada. Ocorre na família, escola, espaço público e, aos poucos, vai alcançando status de processo global e inexorável.

Mais de um século após a Proclamação da República e instalação da promessa de governo de iguais, o Judiciário segue como último bastião do voto censitário. Apenas 10% dos magistrados votam para a administração dos tribunais, e somente os mais antigos, concentrados nas capitais e ocupantes dos órgãos de cúpula.

Soa estranho. Primeiramente, em razão do Brasil possuir o processo eleitoral mais eficiente e célere do planeta, e isso não é pouca coisa. Em segundo lugar, porque é justamente o Judiciário quem garante lisura e transparência de eleições que vão de pequenos sindicatos à Presidência da República. Seria leviano supor que, com toda essa experiência e responsabilidade, os juízes também não tivessem capacidade de se autogerir.

A ampliação do colégio eleitoral, com inserção dos juízes de primeiro grau, é demanda que exorbita a magistratura. Trata-se da melhor forma de comprometer os tribunais com plataformas de governo e, principalmente, com as carências dos mais distantes rincões. Toda a sociedade ganha e participa, pois cada votante passa as demandas de sua comunidade para o processo de escolha.

Em setembro, comemoramos o mês da república e da democracia. Que sirva também para lembrar que o processo de democratização segue incompleto, especialmente no Judiciário. Se queremos realmente levar a sério os conceitos que representam o Sete de Setembro, devemos reconhecer que há um sério deficit e que precisa ser superado.

 

 

________________________________________________

O conteúdo dos artigos publicados no portal da Anamatra é de responsabilidade exclusiva de seus autores não refletindo, necessariamente, a posição da entidade.

SHS Qd. 06 Bl. E Conj. A - Salas 602 a 608 - Ed. Business Center Park Brasil 21 CEP: 70316-000 - Brasília/DF
+55 61 3322-0266
Encarregado para fins de LGPD
Dr. Marco Aurélio Marsiglia Treviso
Diretor de Assuntos Legislativos da Anamatra