Magistrado presidiu a Anamatra no biênio 2007/2009
O juiz do Trabalho Claúdio José Montesso tomou posse ontem (16/3) no cargo de desembargador do Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região (Rio de Janeiro). Nomeado pelo critério de merecimento, o magistrado, que assume a vaga decorrente da aposentadoria da desembargadora Ana Maria Soares de Moraes, presidiu a Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra) no biênio 2007/2009.
Conduzida pelo presidente do TRT-1, desembargador Cesar Marques, a solenidade contou com a presença de diversas autoridades e cinco ex-presidentes da Anamatra: Germano Siqueira (2015/2017), Paulo Schmidt (2013/2015José Nilton Pandelot (2005/2007), Grijalbo Coutinho (2003/2005) e Gustavo Tadeu Alkmin (1999/2001).
Na solenidade, a Anamatra foi representada pelo seu diretor Administrativo, Ronaldo Callado, magistrado na 1ª Região e presidente da Associação dos Magistrados do Trabalho da 1ª Região (Amatra 1/RJ).
“Montesso é uma inspiração como magistrado, dirigente associativo e ser humano... Recordo de um evento promovido pela Amatra – aqui neste mesmo plenário – em que ele dizia da importância de uma associação não ter olhos voltados só para temas corporativos. Que para ser respeitada a instituição tinha que se manifestar sobre questões outras de relevância para sociedade. Tenho tentado seguir esse dogma, desde o meu primeiro mandato na presidência da Amatra1”, lembrou Callado.
O discurso de saudação a Cláudio Montesso foi proferido pelo desembargador do TRT-1 Gustavo Tadeu Alkmim. O magistrado lembrou episódios da vida e da trajetória profissional de Montesso, que se aventurou no teatro nos tempos de faculdade, e não mediu elogios ao colega: “A segunda instância do TRT-1 também pode ser um palco: o palco da resistência. Os desafios são muitos, mas, como você sabe muito bem fazer, vamos coletivamente pensar grande. Caro amigo, seja bem-vindo”.
Em sua fala Montesso – conhecido por sua dedicação a causas coletivas e sociais – agradeceu a todos, sobretudo à família; lembrou o pai falecido e os colegas da vida toda; e contestou o título de “lord”, como é carinhosamente chamado: “Sou um autêntico oriundo da classe operária; não há qualquer sangue azul nessas veias. Mesmo assim, meus pais possuíam – e possuem – em si mesmos a nobreza que não é a da distinção de classe, mas aquela que se refere à dignidade, ao mérito e àquilo que é voltado para o bem”, disse, emocionado.
Montesso se disse realizado com a profissão que escolheu: “Gosto muito de ser magistrado do Trabalho. Sou muito orgulhoso desta minha especialização tão vilipendiada, tão atacada, tão incompreendida e criticada. Ser juiz do Trabalho me realiza, mesmo depois de todos esses anos de tantas mudanças, que estão, cada vez mais, desnaturando o Direito do Trabalho e, por tabela, a Justiça do Trabalho”.
Cláudio Montesso tomou posse como juiz do Trabalho em 27 de abril de 1993 e exerceu a titularidade na 1ª Vara do Trabalho de Campos dos Goytacazes, na 20ª e na 58ª varas do Trabalho do Rio de Janeiro e na 2ª Vara de Petrópolis. Desde 2019, atuava como juiz convocado no TRT 1. No movimento associativo nacional, além de presidir a Anamatra, presidiu a Amatra 1 (RJ) entre 2000 e 2002. Sua posse administrativa no TRT 1 ocorreu em 26 de dezembro de 2022.
* Com informações da Amatra 1 (RJ)