Ministra Rosa Weber e desembargadora Anna Acker são homenageadas pelo TST

Projeto “Gente que inspira” destaca histórias de luta e conquista das mulheres

Como forma de valorizar a pluralidade cultural e a diversidade humana a partir de trajetórias e da atuação de pessoas que contribuem para promover uma sociedade mais justa e igualitária, o Tribunal Superior do Trabalho (TST) promoveu, nesta quinta (16/3), a primeira edição do projeto Gente que Inspira.

O diretor de Assuntos Legislativos da Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra), Valter Pugliesi, e o diretor de Prerrogativas e Assuntos Jurídicos, Marco Aurélio Treviso, estiveram presentes à cerimônia, conduzida pelo presidente do TST, ministro Lelio Bentes, e pela ministra Kátia Arruda, coordenadora do Projeto.

Nesta primeira edição, foram homenageadas quatro mulheres, entre elas duas representantes da Justiça do Trabalho: a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Rosa Weber, oriunda do Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (RS), e a desembargadora aposentada da Justiça Anna Acker, signatária da ata da fundação da Anamatra, em 1976, e primeira mulher a presidir a Associação dos Magistrados do Trabalho da 1ª Região (RJ). Também foram homenageadas a ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara, e a presidente de honra da Federação Nacional das Trabalhadoras Domésticas, Creuza Maria de Oliveira.

Ao agradecer a homenagem, a ministra Rosa Weber destacou a importância de recebê-la ao lado de mulheres com trajetórias admiráveis e diversas. “Invisibilizadas, silenciadas e discriminadas têm sido as mulheres ao longo da história, mas a luta continua, e dela não abriremos mão na busca de uma sociedade mais justa e igualitária sem odiosas discriminações no fortalecimento das nossas instituições democráticas e no aperfeiçoamento do nosso Estado Democrático de Direito”, afirmou.

A desembargadora aposentada Anna Brito da Rocha Acker foi representada pelas filhas Marília e Clara Acker. Ela é reconhecida por sua trajetória de luta pelos direitos sociais na Justiça do Trabalho, além de ter um capítulo à parte em sua biografia: por não concordar com o regime militar, teve de enfrentar um processo de cassação por subversão. O pedido foi arquivado tempos depois.

“Não sou militante política, nem tenho vocação para conspiradora. Considero-me livre em um mundo que desejo livre. Espero que se apaguem as fogueiras da inquisição”, destacou a magistrada em sua defesa, na época.

 

*Com informações do TST

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