Associações de magistrados classificam atos em Brasília como terrorismo contra a democracia

A invasão às sedes dos Três Poderes da República neste domingo foi classificada como atentados criminosos e terroristas por associações que representam juízes e servidores do Judiciário e do Ministério Público. Notas de repúdio emitidas por essas entidades cobram ainda o rigor da lei aos criminosos e pessoas envolvidas nos atos desta tarde em Brasília. Ao repudiar o que chamou de "ataques criminosos e terroristas" contra a ordem democrática e a República, a Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe) disse ser "inadmissível", além de uma afronta à soberania popular, a invasão de sedes dos três poderes por pessoas que buscam impor sua vontade sobre o resultado das urnas. "As autoridades públicas e as forças de segurança precisam agir com urgência para coibir os ataques e punir exemplarmente os responsáveis, inclusive seus financiadores, sempre dentro do rigor da lei", cobrou a Ajufe.

Em comum, tanto a Ajufe quanto a Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) observaram em suas notas de repúdio que a liberdade de expressão e manifestação não autoriza ninguém a cometer crimes ou atacar instituições públicas. Em texto assinado por seu presidente, Frederico Mendes Junior, a AMB disse estar atenta em relação a agressões contra integrantes do Judiciário e pronta para atuar a favor da segurança e atuação independente da magistratura. Da mesma forma, a Associação Nacional dos Advogados Públicos (Anafe) colocou-se à disposição da Advocacia-Geral da União (AGU) e enalteceu sua ação para rechaçar o terrorismo, a obscuridade e a depredação do patrimônio público. A Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra), por sua vez, chamou de "terroristas" os atos cometidos por radicais inconformados com a eleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "Ações que promovam a violação da democracia serão sempre combatidas fortemente pelos agentes públicos e políticos competentes e pela opinião pública nacional.

Contudo, é sempre importante alertar a sociedade e apresentar seu posicionamento neste momento em que terroristas atentam contra a democracia", declarou a associação em nota de repúdio. A Associação Nacional dos Peritos Criminais Federais (APCF) pontuou que a apuração dos atos deste domingo deve ser conduzida com "o rigor demandado pela Constituição e pelo Código de Processo Penal". A entidade defendeu que, durante a investigação, os exames periciais sejam conduzidos pelo corpo de peritos oficiais, "isento e equidistante das partes".
 
A Associação Nacional dos Membros do Ministério Público (Conamp) também se posicionou a respeito do que chamou de manifestações violentas contra a democracia. "A Conamp acompanhará com atenção os desdobramentos dos episódios deste domingo e estará pronta a atuar ativamente em defesa das instituições da República e também da classe que representa, buscando assegurar a integridade e a independência dos membros do Ministério Público", escreveu o presidente da associação, Manoel Murrieta.

Segundo a Associação Nacional dos Advogados da União (Anauni), os ataques a prédios públicos, mais do que destruir o patrimônio público, "afrontam e ofendem o povo brasileiro, verdadeiro detentor do patrimônio nacional". A entidade manifestou apoio ao pedido de providências imediatas, além de prisão em flagrante de todos os envolvidos nos atos, feito pela AGU ao Supremo Tribunal Federal (STF). Contato: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.; Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.; Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. Broadcast Político
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Mídia: Nacional
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