Aula foi conduzida pela professora e pesquisadora da Unicamp Ludmila Costhek Abílio
”As transformações do trabalho a partir da década de 1980: o constitucionalismo tardio brasileiro e o impacto das políticas neoliberais”. Esse foi o tema da aula de encerramento do curso “História do trabalho”, realizada nessa segunda (12/12). A formação foi promovida pela Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra), por meio da Escola Nacional Associativa dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Enamatra). Com 32 horas de duração, o curso foi dividido em cinco eixos temáticos que abordaram o cenário histórico e jurídico do trabalho no Brasil, desde o período colonial e imperial até a atualidade.
A abertura da aula esteve a cargo do diretor de Formação e Cultura da Anamatra, Marcus Barberino, que agradeceu a participação de todas as alunas e alunos, que tiveram a oportunidade de viver uma ótima experiência acadêmica. Para Barberino, os objetivos do curso foram atingidos. “A gente tentou fazer uma breve recordação dos 200 anos de independência e de todas as dificuldades que o país tem, desde a sua formação”, explicou.
A aula, aberta ao público, foi conduzida pela professora e pesquisadora da Unicamp Ludmila Costhek Abílio. A docente agradeceu pelo convite, destacando a atuação da Anamatra, que, por meio de cursos como este, tem estabelecido diálogo com as(os) magistradas(os) do Trabalho, que desempenham um papel fundamental na nossa sociedade.
Na visão de Abílio, o mundo do trabalho está sempre se transformando e, nesse cenário, “o Direito é a materialização, a síntese de como essas transformações estão em ato e de como as noções de justiça e de dignidade são construções sociais que não são naturais ou estáticas, mas são frutos de uma série de conflitos, disputas, diferentes interesses, que vão materializando diferentes espíritos de época “.
Durante a aula, foram retomados alguns pontos já discutidos ao longo do curso, sob a perspectiva desse mundo do trabalho que se transforma e dos desafios que vão se constituindo para aqueles que vivem na periferia, que tem desafios ainda mais potencializados.
A pesquisadora discutiu fenômenos como a chamada ‘uberização’ e explicou de forma aprofundada conceitos como produção social, que é a forma como a sociedade garante a sua própria sobrevivência; reprodução social, que se refere ao modo como a sociedade se organiza e a forma como os trabalhadores sobrevivem socialmente; e propriedade social, que diz respeito a bens que são de todos (públicos), mas não são de ninguém, pois pertencem ao Estado.
Confira a aula na íntegra: