Diretor de Cidadania e Direitos Humanos, André Dorster, acompanhou o encontro virtual
O diretor de Cidadania e Direitos Humanos da Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra), André Dorster, participou, nesta quarta (27/7), da 23ª Reunião da Comissão Permanente de Direito ao Trabalho, à Educação e à Seguridade Social do Conselho Nacional dos Direitos Humanos (CNDH), realizada por videoconferência.
No início da reunião, a representante da Fundação Nacional do Índio (Funai) Maria Janete Carvalho falou da luta dos servidores contra o desmonte da entidade. Janete relatou os inúmeros desafios institucionais e políticos que são enfrentados por aqueles que trabalham pela defesa dos povos e territórios indígenas. Recentemente, a insegurança desses trabalhadores ficou escancarada com os assassinatos do indigenista Bruno Pereira e do jornalista Dom Phillips, sequestrados quando viajavam pela região do Vale do Javari, na Amazônia.
Trabalho escravo
A questão do trabalho doméstico análogo à escravidão foi o tema tratado pela representante da Federação Nacional das Trabalhadoras Domésticas (Fenatrad) Luiza Pereira. Ela lembrou que existe um aumento considerável dos casos de mulheres que são resgatadas desse tipo de exploração laboral. As vítimas, em sua maioria, são negras, oriundas de cidades do interior, de baixa renda, e que foram iludidas com promessas de uma vida melhor, mas que, na verdade, acabaram trabalhando de forma intermitente, com privação de direitos, muitas vezes sem um salário, perdendo sua infância, juventude e até a vida adulta.
O combate ao trabalho escravo será tema de seminário promovido pelo CNDH, no próximo dia 15 de setembro. Nesse sentido, o diretor André Dorster colocou a Anamatra à disposição para eventual auxílio na organização do evento. O magistrado ressaltou que "o trabalho escravo contemporâneo é uma mazela social que merece combate constante", disse.
A Anamatra tem atuado de forma intensa contra o trabalho escravo, em suas diversas vertentes. A entidade, inclusive, compõe a Comissão Nacional de Erradicação do Trabalho Escravo (Conatrae) e tem contribuído com a construção de ações que possibilitam o combate veemente a esse grave problema.