“Pureza”: filme sobre história real de trabalho escravo será exibido no 20º Conamat

Programação também inclui cine-debate com o cineasta Renato Barbieri

O enredo de uma grande saga. A realidade cruel do trabalho escravo. A força do amor e da superação de uma mãe.

Das telas de Pantanal, onde interpreta a personagem Filó, na segunda fase da novela das nove (Globo), Dira Paes é a estrela do premiado “Pureza”, que faz a sua estreia em mais de uma centena de salas de cinema em todo o território no próximo dia 19 de maio.

O longa, rodado em locações reais como Marabá (PA) e Brasília (DF), assim como a sua história, será exibido, no dia 28 de abril, às 19 horas, durante o 20º Congresso Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Conamat), realizado pela Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra), uma das instituições apoiadoras da produção. A exibição precede realização de cine-debate, com a presença do cineasta Renato Barbieri, diretor de “Pureza”, transmitido pelo canal da TV Anamatra no Youtube (www.youtube.com/tvanamatra).

Baseado na história real da maranhense Pureza Lopes Loyola, a produção conta a história de uma mulher que, durante três anos, desafiou todos os perigos para encontrar seu filho e se tornou um símbolo internacional do combate ao trabalho escravo.

Com a roupa do corpo, Pureza sai de Bacabal (MA), em 1993, em busca de seu filho Abel (Matheus Abreu) – vivo ou morto - desaparecido há mais de um mês após partir para o garimpo na Amazônia. Trabalhando como cozinheira em fazendas no Sul do Pará, estado onde achava que seu filho tinha ido, Pureza esbarra no drama de muitas outras famílias, vítimas de um sistema perverso de servidão e exploração humana em garimpos, carvoarias e fazendas.

De fazenda em fazenda, ao longo e árduos três anos, a pureza da mãe dá lugar à combatente Pureza, que consegue escapar e denuncia os fatos às autoridades federais, mas não sem antes ser novamente confrontada. Sem credibilidade e lutando contra um sistema forte e perverso, ela acaba por retornar à floresta para registrar novas provas e levá-las ao poder público no Maranhão, no Pará e em Brasília, inclusive escrevendo cartas de próprio punho a chefes de Estado: Fernando Collor, Itamar Franco e Fernando Henrique Cardoso.

A saga de Pureza precederia o reconhecimento, por parte do Estado brasileiro, em 1995, perante a Organização Internacional do Trabalho (OIT), da existência do trabalho escravo no país. A história da mãe Pureza impulsiona a criação do Grupo Especial Móvel de Fiscalização, unindo o Poder Judiciário, o Ministério Público do Trabalho e o Poder Executivo na luta contra a exploração do trabalho humano. De 1995 até 2020, mais de 55 mil trabalhadores foram libertados de situações análogas a de escravidão em atividades nas zonas rural e urbana.

Pureza é uma produção da Gaya Filmes e Ligocki Entretenimento, com direção de Renato Barbieri, produção de Marcus Ligocki Jr. O longa foi realizado e concretizado com recursos oriundos da maior indenização coletiva pela prática da escravidão contemporânea, da Justiça do Trabalho.

Saiba mais sobre o longa em https://purezaofilme.com.br/
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Serviço:

O que: 20º Congresso Nacional de Magistrados da Justiça do Trabalho (Conamat)
Quando: De 27 a 30 de abril de 2022. Programação.
Onde: Enotel Resort Porto de Galinhas (Rodovia PE - 09 Gleba 06 BA s/n - 55590-000 - Porto de Galinhas - Ipojuca/PE). Haverá transmissão pelo Youtube.
Mais informações: Allan de Carvalho - 61 98121-3121 - Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.



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