Juiz Luiz Antonio Colussi, professor na instituição, fala sobre a importância da Justiça do Trabalho
“É uma honra muito grande ter chegado à Presidência da Anamatra”. Com essas palavras o juiz Luiz Antonio Colussi, presidente da Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra), abriu, nessa terça (25/5), a sua participação, na Universidade de Passo Fundo (RS), onde também é docente, a convite da professora Maira Angélica Dal Conte Tonial, em aula para alunos do curso de Direito e extensionistas do projeto de extensão Balcão do Trabalhador, e pesquisadores do Grupos de Estudos Transnacionalismo, Migração e Trabalho.
Natural de Passo Fundo (RS), o magistrado falou sobre a sua trajetória até chegar ao movimento associativo, passando por cidades como São Felix do Araguaia (MT) e Porto Alegre. Foi na capital gaúcha que o magistrado iniciou a sua atuação na organização política da Magistratura do Trabalho, na Amatra 4 (RS), entidade que também presidiu no biênio 2008/2010.
Colussi explicou aos alunos sobre a atuação da Anamatra, em especial na área dos direitos sociais. Também falou da importância da Justiça do Trabalho, cuja competência é definida pela Constituição Federal, para o equilíbrio das relações de trabalho e a efetivação dos direitos previstos na Carta Magna e nas leis do país.
Segundo o presidente da Anamatra, a Justiça do Trabalho, na atualidade, convive com diversos desafios. “Ainda estamos vivendo um período de instabilidade, inclusive com a apresentação de propostas legislativas visando à extinção da Justiça especializada”, criticou Colussi, citando outros projetos nesse sentido nos quais a Justiça do Trabalho, que completa 80 anos em 2021, foi o alvo.
O magistrado também falou da capacidade de adaptação da Justiça do Trabalho a um novo mundo do trabalho, permeado pela tecnologia, e do desafio, por exemplo, com o reconhecimento de sua competência para apreciar as causas envolvendo os trabalhadores em plataformas digitais, inclusive objeto de curso promovido pela Anamatra. “Eu não vejo dúvidas de que se trata da nossa competência. Trata-se de uma relação de trabalho, pura e simplesmente. Estamos na contramão da história. A legislação trabalhista se aplica a todos os trabalhadores e trabalhadoras”.