Palestra sobre migração de regime e educação financeira encerra minicurso Funpresp-Jud

Íntegra da programação do evento está disponível no canal da TV Anamatra no Youtube

Migração de regime e educação financeira. Esses foram os dois temas que marcaram, nesta quinta (29/10), o segundo e último dia do minicurso Funpresp-Jud, promovido pela Escola Nacional Associativa dos Magistrados da Justiça do Trabalho, órgão de docência da Anamatra.  Os debates foram mediados pelo vice-presidente da entidade, Luiz Colussi, e transmitidos, de forma simultânea e gratuita, pelas redes sociais da Anamatra YoutubeFacebook e Instagram.

Ao abrir o evento, o vice-presidente lembrou que a ideia de realizar o minicurso surgiu no âmbito da Comissão Funpresp-Jud. Colussi explicou que a Comissão visualizou a dificuldade de magistrados e magistradas, que aderiram ou não à Funpresp-Jud, de entender melhor sobre o mundo dos investimentos. “Há também os colegas que permanecem no regime antigo, que precisam de uma educação e de um preparo para investir”, esclareceu.

O curso foi ministrado pelo procurador da República Rodrigo Tenório. Mestre pela Harvard Law School e pós-graduado em Gestão Pública pela FGV, o professor abordou diversos aspectos relacionados à migração de regime. Entre os assuntos elucidados por Tenório estiveram as diferenças entre os regimes de previdência dos juízes do Trabalho, o perfil das entidades de previdência, noções dos planos de benefícios da Funpresp-Jud, a contrapartida da União, benefício especial e sua segurança jurídica e os impactos da reforma da Previdência na Funpresp.

O procurador também falou das perspectivas para a reabertura do prazo de migração, tema que é objeto de Assembleia Geral Decentralizada da Anamatra, para possível judicialização. Segundo Tenório, toda escolha tem riscos. “O papel do educador é alertar o aluno dos riscos. Não dá para dizer que há uma saída ótima para todos, depende muito do perfil individual e dos riscos que a pessoa pretende correr”.   

Educação financeira foi o foco da segunda e última parte do curso. Pilares da educação financeira, vantagens e desvantagens do regime jurídico do juiz do Trabalho, gestão financeira, estratégias de redução de dividas, noções de investimentos, reserva de contingência, renda fixa e variável, fundos e tributação de investimentos e noções de finanças comportamentais estiveram entre os assuntos tratados. Rodrigo Tenório também explicou como é possível, para o magistrado ou magistrada, montar uma carteira de forma técnica, com simplicidade e eficiência; e como dar os primeiros passos no mundo dos investimentos, por exemplo, com o uso do homebroker.

O evento também contou com a participação do juiz do Trabalho da 18ª Região e especialista em Finanças, Investimentos e Banking pela PUC-RS, Daniel Branquinho Cardoso, como debatedor. Durante o curso, ele compartilhou suas experiências iniciais em investimento e a motivação para se tornar um especialista na área de finanças. ´´Li uma frase importante. Pequenos furos fazem um navio afundar. São experiências simples, avaliando os gastos do dia a dia, que a gente tem que adotar em nosso dia a dia. Muitas vezes, por comodismo, ignoramos despesas desnecessárias. E, antes de tudo, precisamos ter controle das despesas do nosso cotidiano e priorizar o que é, de fato, relevante´´, ponderou.

Confira a íntegra da programação desta quinta:

 

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