“Justiça do Trabalho é forte em razão, precisamente, de seus membros”, declara presidente do TST

Fernando Mendes

Ministro Brito Pereira participa do 7º Encontro Nacional de Magistrados do Trabalho Aposentados

 “A Justiça do Trabalho é forte, em razão, precisamente, dos seus membros. Ela é promissora e uma referência dentro do Poder Judiciário”. A declaração é do presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST), ministro Brito Pereira, que participou, nesta sexta (20/9), de mesa de conversa, no 7º Encontro Nacional dos Magistrados do Trabalho Aposentados. O debate reuniu a presidente da Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra), Noemia Porto, e o diretor de Aposentados da entidade, José Aparecido dos Santos.

Para Brito Pereira, o futuro da Justiça do Trabalho acontece agora. “Somos, por exemplo, vanguardistas no processo eletrônico. Vejo a Justiça do Trabalho, no futuro, muito mais próxima da sociedade do que hoje”, declarou o presidente, que também defendeu o fortalecimento da Justiça do Trabalho. “A Anamatra, por exemplo, atua, mantendo viva a chama do fortalecimento da Justiça do Trabalho. A Associação é necessária, não vejo nenhum bom projeto que não tenha a participação da Anamatra”.

Brito Pereira também falou de sua origem, de uma família de quatro irmãos, nascido em Sucupira do Norte, interior do Maranhão, em 1952. Estudante do turno noturno - pois precisava trabalhar para ajudar a família -; no serviço público, seu primeiro mister foi justamente no Tribunal Superior do Trabalho (TST), como datilógrafo, quando ganhava um salário mínimo. O curso de Direito viria logo depois, assim como a aprovação no concurso de procurador do Trabalho, em 1988, o que o alçaria ao cargo de ministro, em 2000. “É uma história de superação e de inspiração para os brasileiros. Somos um país desigual, mas, na sua trajetória, com um povo trabalhador”, declarou a presidente da Anamatra sobre a história de Brito Pereira.

O presidente do TST falou ainda do horizonte que enxerga para a aposentadoria dos magistrados, assim como sobre questões específicas dos juízes que já não se encontram mais em atividade. “Eu vejo a aposentadoria como um merecimento e é preciso que a gente pense assim. A aposentadoria não é o fim, ela pode ser o começo de uma nova face da vida”, declarou.

Prerrogativas - A pauta de prerrogativas de interesse dos magistrados aposentados também foi tema de debate no evento. A conversa reuniu o diretor de Prerrogativas e Assuntos Jurídicos da Anamatra, Marco Freitas, a secretária-geral, Patrícia Ramos, e o juiz Rodnei Doreto, da Comissão Nacional de Aposentados.

Freitas traçou um panorama de algumas ações judiciais da Anamatra de interesse dos aposentados, envolvendo assuntos remuneratórios, tempo de advocacia, adicional por tempo de serviço relativo à EC 20/98, manutenção de vantagens anteriores ao estabelecimento do subsídio, entre outros. “A Diretoria de Prerrogativas está sempre lutando pelos direitos dos juízes em atividade e aposentados. Tenho muito prazer em fazer isso”, declarou.

Saúde – A programação do dia encerrou-se com palestra da médica Maria Alice B. Mundt, que atua na área de medicina integrativa, com o tema “Saúde e Longevidade”. Segundo a médica, a qualidade de vida é integrada por diversos pilares, entre eles alimentação saudável, atividades físicas habituais, bom sono, mecanismos para evitar o estresse, o exercício da gratidão e equilíbrio hormonal. “São as nossas escolhas do dia a dia que vão ditar o nosso futuro”, enfatizou Mudnt.

 

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